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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lágrima de Saudade

Lágrimas salgadas!
Como salgadas são as ondas...
Com sal de saudade: lágrimas!

Lágrimas e saudades.
De mar de solidão em pensamento
Que sentimento é esse, saudade?
Que semeia o dom em vê-la: vontade!
Exprimindo do ser toda verdade,
Em tudo beleza... Vaidade!
Como se pudesse escrever tudo numa página
Resumir a lógica e a saudade numa lágrima!

César Vasco

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Estrelas Cadentes

A tela em azul-turquesa
E pontos brancos salpicados
Uma esfera brilhante no quadro
Ainda inacabado.

E eu admirado
Contemplando a execução da obra
Sobre a areia menos branca
Iluminado pela esfera frondosa.

Traços do artista começam a cruzar a tela
Um, dois e outros mais...
Pedras sendo lançadas riscando a tela
Nunca havia visto algo tão lindo... jamais!

Pedras brilhantes
Anunciadas por uma pedra
E eu sobre a areia:
A tela, a pedra na praia,
Na companhia de uma sereia.

César Vasco

sábado, 10 de dezembro de 2011

Meus Olhos, Óculos e Os Binóculos.

Coloquei meus óculos e enxerguei melhor.
Enxerguei melhor as cores e os movimentos da natureza
As letras dos jornais e as figuras das revistas
Como é bom melhorar a vista!
Olhar o mundo com mais clareza e de tudo ter mais certeza!

Com meus óculos olhei num binóculo o futuro
Que mora no prédio em frente a minha casa
Ela, tão Linda e pálida, enxerguei um ser maduro.
Observei sua silhueta sem poder fazer nada
Olhei para o meu futuro!

E já ao lado do meu futuro,
De óculos posicionei um telescópio ao céu
Enxerguei o ‘Mar da Tranquilidade’
Uma rachadura na lua que mais parece um véu
E ela, pálida, também olhou sem óculos,
Ela o meu presente!
Respirou forte sentindo o que eu sentia,
Meus olhos de óculos e meu futuro à frente! 

César Vasco

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Os Loucos!

Arriscamos nosso amor próprio pelo amor dos outros,
Rimos, cantamos, dançamos, discutimos e brigamos
Sendo nós mesmos e sendo o outro!
De olhos fechados entramos num jogo sem ganhos,
Somos loucos ou não somos?
Correndo atrás da felicidade e esquecendo que ela já é o caminho,
Felicidade que teremos, temos e felizes como fomos...
Na vida nada é tão certinho!
E ai... Somos loucos ou não somos?

César Vasco

P.S.: Para a 'Louca do Bem'... Louca Bel!

Amigos e Irmãos

Amigos são irmãos?
Bom, os meus irmãos não são...
Ou será que são e eu não os enxergo!
Cego eu não sou com meus amigos
Que são meus irmãos:
Antônios, Paulos e Guilhermes,
Esses eu sei que são!
Meus amigos-irmãos
Que o tempo me apresentou sem danos
Diferentes no sangue...
Ou com o mesmo sangue de ‘Mano'.

César Vasco

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Apegar-se

Antes não entendia a passagem de uma folha
Hoje compreendo o vento que a soprou
Assim como não entendia janelas abertas
Hoje entendo a pessoa que as fechou

Em busca de um futuro menos sóbrio
Com menos frio de cidade, mais bucólico.
O passado me serve de bússola
Norteando-me num presente melancólico.

E as pessoas que ficaram pra trás
Estão atrás das janelas fechadas
Receberam a brisa que levou a folha
Deixaram com hipocrisia minha história manchada.

Antes não me entendia
E nem procurava entender a pessoa certa
Só sabia que deveria ser feliz.
Hoje entendo porque deixo minha janela aberta.

César Vasco

terça-feira, 29 de novembro de 2011

(V)

Perdi as palavras do meu amor
Ou melhor, deixei de escutar meu coração
Percebi a ausência do sentido
Após o último baque de desilusão

Perdi o tempo verbal do perdão
Aquele momento que não voltará
E a chance de dizer não...
Só me resta esperar o inverno passar

Mas, que bonita é a vida
No meio da tempestade fria
Aparece-me uma menina
Que carinhosamente chamo de “minha”

Ela conduz a caneta no papel
Que alivia o meu peito
Criando em mim um sentimento fiel
Deixando-me todo sem jeito

Agora acredito em final feliz
Que a tempestade terá seu fim
Trazida pelas mãos de uma menina
Tranquilizando-me a alma como sempre quis.

César Vasco

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Por Que Te Amo?

A tua consciência te faz feliz e te faz triste!
Porém,
Será que tua consciência te faz ser o que é: Forte ou melancólica?
A tua consciência é teu sono, teu momento de descanso?
A tua consciência é tua felicidade... É teu amor?
Quem é teu amor?
Quem é teu?
Quem sou eu sem você, meu amor?
Eu te amo amante das artes!
Crítica total das artes mais ou menos artísticas, mas... Crítica!
Por favor, não critique meu sentimento por ti.
Não é uma arte te amar!
Amar-te é meu prazer e ofício.
Sou técnico e cientista deste propósito!
Critique meus olhares, meus gestos, minhas palavras, minhas... Meus, (...), por outra!
Mas, por favor, não me culpe por olhar.
Não pense que, assim, deixei de te amar,
Ao contrário, demostre que me ama...
...ou, enraiveça-se por não entender que minha raiva é porque te amo.
Meu espelho de mim, não queira sentir o que sinto por você,
Como a imperfeição da minha perfeição que te ama!
Logo, tu me amarás, perfeitamente, meu lado menos perfeito.
E, me amando, por, com ou sem perfeição, serei sempre perfeito por te amar,
Sem precisar me olhar no espelho.
Sentido tua boca em minha boca, de olhos fechados...
Simetria:
Olhos nos olhos e bocas por beijo.
Entendeu?

César Vasco

Cordel da Bobônica Invocada

Ôia só...
Tão dizeno poraí qui o nordestino só fala palavrão
Mar num é uma bobônica uma peste dessa?
Logo o meu povo qui só trata bem o cidadão
Num veve poraí xingano ninguém não, homi...
Pois, minha santa mãezinha, Dona Teresa,
Cum toda sua candura, sempre me disse:
“Fidapeste, si fô pra rua xingá o povo
Num tem Padim Padinho Ciço que segure...
Li arranco o côro!”
Tu acha qui ardispois disso eu ia saino purai palavriano?
Homi... tu é doido???
Tu acha qui eu ia saí puraí xigano e sacaniano?

Isquece esse conto, meu povo. 

Pois, escrevo esse conto
Cum uma raiva invocada
Esqueceno todos parrapapés da escrita
Pedindo perdão a bíblia sagrada,
E a Cachaça mardita,
Pra num deixá minha boca calada.

Mas, era pra sê uma prosa di amô
Era pra dizê, cum toda prosopopeia desse mundo,
Qui a raiva da minha mão é frô
E a alegria furmiga no meu peitcho
Como si o diacho num tivesse jeitcho
Quando isqueço qui, na vida, tô sem rumo
Mar sabeno qui um dia eu mi aprumo
Pois, sei qui no meu coração veve Manu
Qui é meu sonho de consumo...
...Êitcha peste!!!!!

César Vasco

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eternidade

No momento que pensei na eternidade, pensei em você!
Na alegria que sentiria
Na dedicação ao teu carinho
Na atenção ao teu mau humor, meu amor.
Em nunca te deixar sozinha
No teu amor merecer
Em proporcionar a tua alegria de viver
No momento que pensei na eternidade, pensei em você!

Senti uma efusiva satisfação em viver
De saber que sentirei saudade de você
Em saber que você voltará para me ver
Que sentaremos à mesma mesa
Que trocaremos olhares apaixonados
E que lerá em meus olhos o desejo de te ter
Coisa que farei de tudo para enxergar nos teus, pois,
No momento que pensei na eternidade, pensei em você!

César Vasco

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como Eu e Você

O sol iluminando a rosa dia-após-dia
A rosa feliz: pétalas abertas recebendo o amor do sol
Como eu e você:
Meus olhos ao teu sorriso como um farol.

O violeiro em prosa para a lua
E a lua, cheia de desejo, abraçando com sua luz o cantador
Como eu e você:
Tua beleza ao meu violão sonhador.

Uma raposa acuada e um príncipe solitário
A descoberta da alma pelo carinho.
Como eu e você:
Ao teu conforto, trilho em entendimento, o meu caminho.

O coqueiro contemplando a maré
A maré, caprichosa, espera a melhor hora pra se aproximar.
Como eu e você:
Teu olhar tímido, de lado, quando você quer me beijar.

César Vasco

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Três Pedidos

Ganhei uma fita do Senhor do Bonfim
Amarela como a música que gostas
No primeiro nó um pedido: Teu amor!
Necessidades minhas à mostra.

Percebia o quanto te queria
E pela fé implorava ao tempo teu sentimento
Egoísmo, talvez...
Do tempo um único momento:
Teu sim!

No segundo nó um pedido a Deus.
Que me transforme no amor que esperas.
Justo e companheiro...
Com conflitos e discursões severas.

Uma relação de conflitos sim...
Pra sentir o doce sabor da reconciliação
Para sorrir com vontade
Deixar gritar de alegria o coração.

No terceiro nó um pedido a ti
Que não aperte tão forte o último nó
Nesse, iria pedir tua presença ali ao meu lado,
Num momento de lapso, achando que eu estava só.

César Vasco

Aqui Jaz...

As dores consomem minha alegria
Assim, morre a felicidade,
Morrem os desejos de liberdade,
Desaparece a alma romântica,
Domina-me a melancolia egoísta,
Morre o poeta de sonhos...
Enterra-se a lírica!

Vibram os abutres da ignorância.
Sobrevoando a carcaça literária,
Famintos pelos restos de harmonia emotiva,
Bebem o vinho podre da arrogância
Celebrando a vitória escura da dor,
Num universo pobre regido pela intolerância.

César Vasco 

domingo, 23 de outubro de 2011

Aos Vencedores

Sejam bem vindos ao novo mundo
Sejam bem vindos às suas glórias
Parabéns... Vencedores da luta da vida
Parabéns... Enfim, a vitória!

Nunca achei que não fosse possível
Nunca desisti de acreditar em vocês
O mundo agora toma outra cor
O mundo agora é de vocês.

Ganhem os abraços... Os beijos!
Ganhem as ruas e gritem que são vencedores
Não se envergonhem do choro, do medo...
Não se envergonhem de serem sonhadores.

Vencedores, isto é o que vocês são...
Vencedores!
Num mundo de conquistas,
Anteriormente, sonhado e lido,
Vencedores...  Sejam bem vindos!

César Vasco

sábado, 22 de outubro de 2011

Anjo Garota

O sol aberto e lágrimas de anjo
Asas fechadas sem motivos pra voar
O sol não enxuga suas lágrimas
E o anjo incompreendido a chorar

Por amor o anjo sonha
De amor o anjo cai
Sem entender a dor no peito
Sem saber como ela se esvai.

Lindo anjo garota com lágrimas sinceras
Oprimida pela sua essência delicada
Inflada de sentimentos ricos
Esquece que é, por outros, amada.

Anjo, por favor, volte a sorrir...
A luz do sol precisa mostrar o colorido da vida
Por isso, anjo, volte a sorrir...
E nos encha com aquela alegria perdida!

César Vasco 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Nosso Amor

Um dia de tua ausência no tempo presente,
Não representa nada sob um pensamento, em ti, momentâneo:
Verás outras imagens
Ouvirás outras palavras entre o não e o sim
O tempo longe é ridículo!
Quando teus olhos e boca habitam em mim...
Pensamentos em ti.

Longe viverás teu aprendizado a me ensinar
Longe te farás à mulher, sempre, a me encantar
Longe espero que se lembre de mim,
Quando me ponho a cantar,
Quando, ao meu carinho, te espero chegar
Perto de ti nunca desejei ser um bardo
Perto de ti meu sonho é e sempre será o nosso lar!

E o tempo, fanfarrão em hipocrisia,
Acreditará que nosso amor é simples.
Entenderá que um dia afastado de ti será a morte...
Pobre tempo, que espera a melancolia de nobres!
Pois, somos nobres na ignorância ao tempo e na dor...
Nobres simplórios de argumentações temporais
Nobres e seguros do próprio amor.

César Vasco

Quem Aprendeu? Quem ensinou?

O tema visto tem sabor de saudade!
Os gritos, os risos e os conflitos...
O passado saudado com um abraço,
E o presente nos prende em laço: amizade!

Lição aprendida com o olhar atento
Lição aprendida com ouvidos abertos
Mesmo não tendo nexo,
A lição sempre tomou o caminho certo.

O tema visto tem sabor de saudade!
A preguiça e o chazinho... saudade!
Perder a primeira lição: maldade!
Nosso tratamento: verdade!

Eu, o teu amigo: um ombro!
Quando ninguém entende... Um ombro!
Perto o carinho necessário...
Perto de cada momento solitário.

César Vasco

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pedra, Flor e Fruta

Três irmãs ou fadas
A primeira: pedra...
Alma leve e olhos negros
Curiosa que deixa saudade
Luz no corredor: Jade!

A segunda: Flor...
Delicada ao sorrir
Humilde escrita em giz
Tranquilidade: Flor de lis!

A terceira: fruta...
Esta eu não conheço!
Nunca senti teu cheiro,
Mas sei que irei conhecer em certa hora
A menor: Amora!

César Vasco

O Choro da Alma


Alma chora ao amanhecer
Alma chora em qualquer hora
No quente da tarde
Alma chora no raiar da aurora.

Alma chora por não dividir paixão
Alma chora fronte a televisão
No cine com pipoca e sem companhia
Alma chora sozinha

Alma chora nos sonhos
Em que desejas teu colo
Alma chora, pois, alma não dorme:
Entrega-se a própria sorte!

Alma chora com o passar do tempo
Sentindo o vento
Alma chora com teu adeus...
Com teu adeus, alma chora a todo o momento.

Alma chora sentindo-te perto
Alma chora sabendo que não queres estar
O perto é o afago da tua alma a minha,
Minha alma chora por te amar!

César Vasco

O Caminho

Os pés em estrada de terra
A sola massageada por pedrinhas
Braços abertos, vento no rosto e sorriso!
Cheiro floral da estrada em que, descalça, caminhas.

Respiração e liberdade
Espírito solto do corpo
Espírito entre flores e borboletas
Esquecido o tempo, no presente: morto!

Os olhos fechados levam os sonhos ao campo
Ouvidos generosos ao som de um rio.
E suas águas aquecidas, levam a alegria de um ser.
E novos sonhos escapam do abraço do frio.

Felicidade!
O caminho, não a busca!
E pés descalços descobrindo o vazio
Caminho que a solidão não ofusca.
Paixão por mim... Paixão pelo meu carinho!
Eu, no teu caminho.

César Vasco

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Boneca

De barro, cerâmica ou gesso: boneca!
Panos e retalhos,
Sentimentos: lágrimas!
Cachos e botões de quatro furos:
Boneca!

Amor maior que o próprio corpo
Corpo em algodão, ou pele de algodão?
Forma, gesto...  Sorriso!
Formado pelas mãos em dedos:
Arrepio!

Boneca...
Que falha a memória em te comparar,
Enxergando tua alma sapeca...
Linda e esperta ,
Como bailarina ao bailar!

Linda boneca,
Embalando sonhos e desejos
De dança, pela vida... Na casa de boneca.
Que não sonha em ser pequena
Mas, que deseja ser grande promessa...
... A moleca!

César Vasco 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Maria

Maria:
O nome mais lindo!
Nome da minha mãe,
Irmã e minhas tias...
Nome da mãe dos nomes:
Maria!

César Vasco

Anjo de Pedra

Meus olhos sem luz...
E a observação de braços cruzados na mesa
Suportando a cabeça baixa pelo cansaço
Suportando a elegância do trabalho
E a lírica, duma pedra: Rosa e laço.

Meus olhos sem luz...
Notando o brotar dos sonhos
A realização dos sonhos
Os sonhos entreabertos a olhos fechados
Pequena bailarina em reverência ao público
Sonhos de passarela: O mais amado?

Meus olhos sem luz...
Aproximando do anjo cálido
Contemplando o singelo da fotografia:
O repousar do anjo-bailarina.
E eu petrificado em ignorância,
Admirado pela maestria.

Meus olhos sem luz...
Enxergando o anjo adormecido
Toco o teu cabelo como alento
Escuto a sutileza do seu respirar,
A delicadeza dos braços descruzando ao se espreguiçar
Denotando que não deveria tocá-lo assim...
Anjo em pedra ao acordar.

Meus olhos sem luz...
Vibrantes com um olhar mágico de anjo:
Alegre e sincero!
Como a determinação aos sonhos
Aos sonhos, grita o peito do anjo: Vos quero!

César Vasco

sábado, 15 de outubro de 2011

O Carente

Mereço o abraço dos loucos a sorrir
Mereço o beijo dos hilários em escrever
Mereço o chamado dos histéricos aguçados
Mereço o olhar surpreso e contente dos apaixonados
Mereço um abraço seu e da vida!

César Vasco

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Saudade de Andion

Saudade é algo que chora... Primeiro!
Algo que trás o ar: respiração profunda
E... Depois, num forte abraço, se vai!
Como chuva passageira: molha, mas, vai...
Chuva fina, que com um abraço sai!
Saudade é alegria...
Olho no olho...
Lágrima, que enxugada, molha a camisa...
Enxuta nos abraços de quem não sai.

César Vasco

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tempo

É pena!
O senhor de todos, não rege meus sentimentos.
Não rege minhas vontades e, ainda, cobra minhas verdades.
Tempo, Ainda que tardia!

Sendo homem sou menino,
Sendo menino sou dúvidas...
E quão dúvidas terei quando homem
Homem consumindo dúvidas!

Tempo pra se sonhar e criar:
Tempo de ser criança,
Tempo de ser senhor do tempo.
Fogo sem aliança...
Fogo na lenha: haja tempo!

E tudo clama sua presença
Como oração em vida,
Como razões sendo resolvidas...
Tempo, a verdade, me diga.

Seja algoz em seu ciclo,
Mas seja conivente em seu amor
Tempo, seja amor!
Para que eu tenha amor com o tempo...
E ao seu tempo!

César Vasco

A Borboleta

Meu jardim e eu
Eu e meu jardim, apenas!
Cores e aromas de felicidade e convivência.
Eu e meu jardim, apenas.

O sol e a fotossíntese de entendimentos
Pessoas com forma de lírios
O jardineiro e seu cuidado
Como um pai cuidando de seus filhos.

Meu jardim e eu.
E a saudade de ter que se despedir das flores:
A dor!
Em meu jardim há sempre um vago:
A saudade pelo o amor.

Alegria e tristeza em meu jardim
Eu e o meu jardim
E nem percebo a borboleta...
Ops... Entendi!

Meu jardim tem lírios
Que, colhidos, ganham um mundo de sonhos,
Mas retornam, como a borboleta.
Para ocupar o espaço vago no coração do jardineiro
Como música e letra.

César Vasco

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Reclusão

Reclusão traz-me a observação!
Condição humana de aprendizado
Condição humana de entender a própria emoção
Reclusão é estar parado?

Reclusão denota beleza
Reclusão de ouvidos abertos...
De sorriso aberto!
A reclusão dos certos.

Reclusão é imaginar um mundo, somente, seu.
É se fechar em conceitos concretos
É estar certo e aberto a discursões
É afastar de si os ignorantes!
E pelos congruentes: paixões!

Reclusão é ser adjetivado
É ser observado ou mal observado
É ser mal interpretado sob olhares.
Reclusão de ação sem ato.

Reclusão é entender o mundo de um só:
Entender-se pelo outro,
Mesmo que o outro não venha...
Reclusão é pensamento solto.

César Vasco

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Espelho Quebrado

Por um instante, espelho sem reflexo: medo!
Cegueira virtual,
Tristeza evidente,
Perda de valor sentimental.

Palavras perdidas preenchem lacunas.
Neblina de vapor desconhecido no espelho
Tremedeira e corredor vazio,
Olhos, sem luz, umedecidos... Olhos vermelhos!

Explicações sem nexo
Constatações reais do futuro só,
Léxico sem anexo
“Do pó ao pó!”

Espelho quebrado
Vidros no chão cortam os pés
Que sangram os caminhos perdidos
Um universo sem viés.

Nova realidade sem espelho
Melancolia... Melancolia!
Perdi a felicidade a esmo
Quebrei o meu espelho:
Perdi-me de mim mesmo!

César Vasco

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Yellow

Amarela, amar ela...
Como fosse difícil ser todo amor por ela
Em ter o melhor abraço apertado
Apertando, a saudade dela: amarela!

Se atrevido fosse venceria o oceano,
Por amor a ela!
Resgataria o brilho das estrelas solitárias
Estrelas que a iluminam os sonhos e sorrisos
Seria o mais desejável pensamento dela...
Como hoje, nela, penso...
Hoje, de saudade, nem posso mais abrir a janela!

Amar ela... A amarela!
Que me deixou a carta mais linda
Dos sentimentos mais nobres
Como poesia doce que faz sorrir
Poesia Eterna!
Que me acompanha na luta dos dias
Poesia de sentimentos da mais linda amarela...
Para sempre, amar ela!

César Vasco 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pedrita


Pedra de arte, artesanato de amar.
Flor na pedra alta emotiva: Flor de lis ou Laís.
Pedra lapidada em diamante e brilho luz,
Duas pérolas negras enxergando a mim
Sodalita de aquariano: Pedra Azul!

“Stones”, pedras rolando em melodias.
Pedras que dançam como bailarinas, rolam sonhos!
A dança da tristeza em cima da pedra
Que pessoas tropeçam em melancolias:
Lágrimas no rio viram pedras,
Dividindo o caminho das águas em pura harmonia.

Linda pedra branca,
Mármore gigante de alma colorida,
Pedra de sonho prende Excalibur!
Delicada beleza petrificada em silêncio,
Pedra quieta no canto da sala embelezando o ambiente.
Pessoa reservada de inteligência emocional regendo o coração...
Coração de emoção ardente.

Não esquecerei que estrelas, também, são pedras
Reluzentes num céu de mistérios e dúvidas
Estrelas são pedras que brilham finitas ou infinitas!
Que, da terra, pequenos corpos que embalam sonhos
Pequenas pedras ou pedritas.

Pequenas à distância: estrelas!
Como duas irmãs a passear na praia
Ao lume de pessoas apaixonadas e petrificadas com o acaso,
Escolhem o nome de suas pedras...
Filhas: a primeira e a segunda,
Filhas que a felicidade exprime o amor por artes certas.

Linda Garota com nome de pedra,
Desejaria estes versos imortalizados na pedra do tempo,
Eternizando pensamentos líricos a ti
Com medo de um dia esta pedra esconder-se perdida
Como a pedra grande dos meus sonhos, perdida!
Diferente da pequena alma que brilha em meu coração de pedra:
Pedrita!

Tua pedra é o diamante!
Canaliza as energias em teu saber,
Protege tua essência artística,
Dando-te punhos de pedra sem pedras nas mãos, apenas rosas!
Retirando as pequenas pedras nocivas do teu caminho
Com a delicadeza do canto pássaro em prosa
Como a flor na alta pedra que te olha com carinho.

César Vasco

Alma Coral

Minha alma tem cor
Tem o brilho da vida
Feita de cristal:
Quebra com a maldade
Minha alma tem alegria...
Suavidade!

Minha alma é lírica
É a poesia em mim
Minha alma tem melodia
É minha música em ti
Minha alma vive a solidão
Se te afastas daqui

Minha alma tem lágrimas sofridas
Minha alma chora mal compreendida
É refém da hipocrisia
Minha alma aprisionada e perdida

Minha alma tem a energia do sol
Minha alma é coral!
O sabor do entendimento verbal
Minha alma tem inteligência emocional
Torna-me mais humana pela dor
É minha essência mais pura
Tenho a alma de uma flor.

César Vasco

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dois Lados de um Sentimento


Sou a tristeza da solidão e a alegria do novo
Estou na lágrima do adeus e no sorriso do: gostei de você!
Sou o trauma do autoconhecimento
Sou a cicatriz da certeza no erro do que quis ter
Sou tudo que te faz pensar em deixar de ser só,
Aquilo divino que te faz sonhar com o carinho de outro ser.

Sou a letra da música que fala em ti
A melancolia da mesma música
O brilho no teu olhar a me ver cantar
Sou teus olhos fechados a reclamar
O som do coração quando te digo: não vá!
As batidas do mesmo coração ao te ouvir chegar.

Sou o arrepio da pele ao te tocar
O ardor na boca pelas palavras más
A gargalhada por tuas distrações
Sou tuas emoções
E teu olhar frio de desprezo
Sou o teu desespero
Tua raiva de meus amigos
Sou o que mais te entende e que menos te compreende
Sou o teu conforto e tua segurança ao te ver dormindo.

César Vasco

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Parou!

Escuro
Silêncio
Medo
Solidão
Frio
Nada
O nada
Por nada
Sem nada...

Olhos sem luz
Janela fechada
Pensamentos irreais
Tela de um computador
Alma gelada
Em casa.

César Vasco

domingo, 25 de setembro de 2011

Poesia de Meu Neto

No bolso da camisa do meu avô
Existe poesia!
Existem versos de amor
Existem dores que a dor não entende
Existem palavras abstratas de um mundo real
Existe a pessoa normal
Existe o meu avô!

No bolso da camisa do meu avô estão os amigos
Melks, Christianos, Ricardos, Fabrícios, Sérgios... Enfim,
No bolso da camisa do meu avô
Existe a coisa lírica de ser “gente boa”
Nada a toa...
No bolso da camisa do meu avô
Existe o carinho
A palavra cantada
O pensamento positivo
A amizade selada...
É o que existe,
No bolso da camisa do meu avô!

César Vasco

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Voz na Cabeça

Pedras e pessoas impuras tomam conta do meu universo
A música rasga a carne como faca cega
E o brilho da estrela é a artificial lâmpada de lanterna
Ilumina os corredores do meu íntimo a procura de mim mesmo
Emoções que se alternam em lágrimas internas.
E o corpo, antes coberto por cápsula protetora,
Sente a metamorfose da pele pelo frio da alma
Que se encolhe em semente de flor de vaso com água
Que nem tem direito ao calor da terra
-Sabes flor, que vais morrer sem luz!
Como os olhos de quem somente podem admirar a bela...
E por não merecê-la, tranca-se numa tela.
Fecha os olhos...
Lágrimas... E lágrimas...
Escorrem em aquarela.

César Vasco

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Citações Próprias de Melancolia

Coisas difíceis de dizer: SIM, NÃO, EU TE AMO E ADEUS...
Um dia o homem aprenderá que, somente quem ama, tem o direito de sentir saudades! Assim, entenderá como é maravilhoso viver o sentimento do reencontro...
reinventará o amor!

Assim sendo, se sentirá tão senhor de seus sentimentos que terá vontade de abusa-los. Tornando-se seguro o bastante para dizer o SIM à pessoa certa, NEGANDO qualquer possibilidade de sofrimento. Aventura-se em externar o que sente valorizando seus sentidos, deposita numa única frase tudo aquilo que ele espera que sintam por ele, e diz: EU TE AMO! 
Tornará-se humano no mais simples entender da palavra. Queira Deus, que sua criação não sinta a dor do ADEUS por mais um amor perdido.
 Porém, se senti-la, que viva a alegria do reencontro de um novo e maravilhoso amor...
...e esse ciclo nunca terá fim!

César Vasco

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Luz dos Olhos do Espelho

Gosto de literatura
Curto cinema
Faço poesias
Canto músicas sem problemas

Lendo encontro pessoas que nunca vi
Cidades que penso em conhecer
Frases e emoções que já disse e senti
Momentos que nunca irei esquecer

Em melancolia afloro meus medos
Entendo meus anseios
Invento desejos insanos
Sou o ‘louco’ do ‘médico’, em termos

Nas poesias me exponho em sentimentos
Faço rimas fáceis e crio mundos mágicos
Deposito verdades
Momentos alegres e trágicos

Vivo momentos de conflitos
Procuro por Deus sabendo que ele está e mim
Vivo o “se”!
Deixo de pensar em ti.

Mas, as pessoas não me entendem.
Acham que sou louco e esquisito
Felicidade é encontrar pessoas com luz nos olhos
Que entendem o que eu digo e sinto.

Felicidade é ser teu... amigo!
Então, assim como o tempo diz
Pois, sou todo à tua felicidade
Felicidade que sempre te fará sorrir.

César Vasco

Para a Corte


A vida passa como se estivéssemos na praia vendo uma pequena embarcação velejando perto. Onde as pessoas a bordo exalassem um perfume que fizéssemos lembrar alguma flor. Quando isso acontece o tempo passa, porém sempre fica na lembrança o aroma de saudade dos bons amigos.
Algumas das orquídeas do "meu jardim" estão sendo colhidas para serem plantadas no jardim de um mundo de conquistas.

Estaremos sempre juntos!

“Tio”, César Vasco

sábado, 17 de setembro de 2011

Supondo a Verdade

Entendo que aquilo que me preenche o peito
Dando-me vontade de ser elegante
Aquilo que me faz atraente...
Está em todos!
O que chamo de amor é evidente!

E este te norteia a vários...
A muitos...
Pelos abraços e palavras sutis
Porém; somente, a um (a) te faz, inteiro, reparar
Redundante: Amar!

E, a ti, liberta os sonhos
Aprisionando-te nos mesmos, como vício
Alegra-te e te cerca...
Apenas a uma pessoa!
E nenhum sentimento vive-se à toa.

Quero está enganado em meu amor
Não é para, a mim, amá-la
Aquilo que vive elegante e iluminando seu olhar,
Não é para mim!
Devido o orgulho a chorar...
Não é pra mim!

Está guardado para alguém como ela
Seu espelho luminoso em léxico:
De mesma conjuntura visceral na arte de sorrir
Feliz deste ser se não for, do amor, cético
Triste verdade que habita em mim.

César Vasco

Quando Penso em Você

Meus sonhos e o desejo de ter o mundo...
É quando você aparece na lembrança
Que percebo que deixasses de ser um sonho pra mim,
Pois, você é o meu maior desejo de amar!
E, na realidade, te amo... É fato!
Pois, sendo possível dividir meus sonhos sob a equação: emoção pela razão...
De um lado ficam todos os desejos de ter,
E do outro o desejo de ser...
Deste lado só se encontrará você... O meu amor!

César Vasco

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quando a Noite Chegar

Quando chegar a noite, teremos um ao outro
No frio do sereno que a alma sente
Quando na solidão do quarto procurar meu espelho
E encontrar no meu olhar alguma luz
A luz que herdei dos teus olhos serenos.

Enxergar a paixão em ser diferente e decodificada
Na eminência de ter os pensamentos imortalizados num ser
E o ser, de diferente paixão, nunca irá se afastar
Nem pela ausência de luz nos olhos
Nem pela sombra da noite que faz magoar...
Este ser em ti viverá (sempre)

Pois, teremos nossos rostos pálidos e cálidos em “películas”
Em livros e contos... Em poesia!
Verás que não será preciso me procurar
Estarei em todo lugar, pois, sou você
Com teus olhos de luz refletindo um espelho a me iluminar

E assim, quando a noite chegar
Seremos Amélie Poulain, John Lennon, Neruda e Pessoa
Seremos o Woody além do que ele pensa
Viveremos na música urbana e “hermana” em essência
Caminharemos felizes por teatros, cinemas e praças
Seremos o universo do outro pelo outro
Presos ou soltos sem lágrimas tingidas
Curtindo as expressões alheias
Como românticos às críticas que somos
Em demasia: um no outro a pensar!
Desejando a felicidade de uma conotação lírica no olhar
E se eu estiver certo no que acabo de imaginar
Não haverá melancolia pra chorar
Na hora em que a noite chegar.

César Vasco

sábado, 13 de agosto de 2011

Dores Noturnas

O escuro das lentes dos meus óculos
Não apenas escondem a cor da minha íris
Escondem o esforço na busca pela alegria
Escondem a lírica harmônica da alma
A essência pacífica que definha
                     
Contudo, os olhos não observam a luz do sol
Que o negro das lentes absorvem
Como absorvem e não transpassam outras conotações de beleza
Filtrando o que deveria ser consumido:
A beleza como alimento da alma
Tornando o ser menos atrativo

O escuro das lentes bloqueando a inspiração
Como forma de escudo para uma possível dor
O ser consumido por esta dor!
Que agride protegida por lentes escuras
E que não é combatida pela beleza:
Dores noturnas!

As dores são melhores compreendidas pela cegueira da alma
Ironia, a alegria é que é cega!
A alegria não precisa de óculos negros
A tristeza olha para dentro do ser
Quando a alma procura a, alegria, merecer.

César Vasco

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

F.


Gostaria de te chamar assim;
Como cor de pele que expeli flor
Ou flor sem cor ou rubra no calor
Chamar-te de brilho de sol
Como a flor da janela: amarela
E cores de amores em aquarela

E chamando-te assim
Sigo a verdade dos meus olhos audazes
Que, sem luz, enxergam tua luz
E cores de cinema ou poema
Que deslumbram formas sem normas
Beleza de beleza única na natureza:
Pura  nua da mais imponente realeza.

Chamar-te de sorriso lindo
Como o sorriso que te alegra
Que, a mim, alegra
Que mostra o quão diferente é tua felicidade
Alternada de angustia pela realidade
Que os monstros do baú, a ti, impõem
Nos porões
Que fazem das tuas praias sertões
Sertões que meus olhos enxergam a força
De não ser, simplesmente, uma moça
De ser menina tímida
Como prosa lírica
Você, a criatura mais linda à minha vista.

César Vasco

Esquecer


Dizer que te esqueci é ser verdadeiro
É mentir ao papel o fato de te esquecer
Ou omitir a verdade a mim mesmo
E esquecer que eu quero te esquecer

E não quero e não encontro a verdade
Ou minto pra mim mesmo o que sinto
Porém, não omito, para ti, o que sinto
Ou não há verdade no que omito?

Então, não sei se te esqueci?
Nem se não houvesse verdade
Nem omitindo-te o que sinto
Então, deixo pra te esquecer mais tarde.

César Vasco

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Vento e o Mar

Não diga nada ao vento
Ele é meu confidente
Diga o que tens a dizer ao mar
Ele saberá guardar o que tens a falar
E, certamente, não irá me contar
Pois, para o mar, nem consigo olhar
Acho que nem escutá-lo eu posso
Nem, a ele, me expressar.

O mar me lembra você
A beleza no bailar das ondas
Lembra-me teus gostos que também são meus
Lembra-me o quanto somos parecidos
E o quanto fomos decididos

Converse com o mar!
Este nunca te deixará a esperar
Dará as respostas para o que queres
Será teu confidente
Fazendo-te contente e resistente... Consistente!
Como o vento me faz
Trazendo-te o amor pela cantiga do violeiro
E a sensibilidade metódica do pianista
A lembrança de mim por inteiro.

Não queira relatar ao vento mais do que ele sabe
Ou o que ele possa me trazer
Aquilo que, para mim, você não quer dizer
O que está em sua boca fechada
Nas tuas mãos amarradas
Na tristeza do teu olhar
De cabeça baixa sentada na escada
No mistério do teu pensar

Relate seus pensamentos ao mar
Ele com todo seu saber irá te entender
E te indicará o caminho para o sossego
Acabará com o teu sofrer
Será o teu alento, tua força e teu sustento
E quando já não tiver o que, a ele, falar
Permita-o abraçar-te...
Não hesite em mergulhar no mar
Desta forma entenderá as minhas alegrias
E o porque de eu não mais conseguir olhar o mar
O motivo que me faz te escrever
Aquilo que você quer, de mim, ler...
O que sempre digo ao vento:
Que nada é mais importante que ser teu e, em ti, viver.

César Vasco

sábado, 16 de julho de 2011

Mavi

Mal vi que eras tu
E os óculos eram teus, não meus
Às vistas teu sorriso, tímido
Ai meu Deus...
Grande e tão pequena
Inteligente, que quer ser cantora ou sonho de cantora;
Sobrinha de cantora... Cantora!
Cantando a alegria da tristeza de ser desastrada;
De ter dores na coluna e ser divertida;
Diferente como a bailarina de Chico...
Gente!
E eu nem vi!
Não vi assim...
Vi pelo Ray-Ban além, eu vi!
A vi feliz e chamei de Mavi.

César Vasco

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Contente

Padeço de serenidade
E padeço de racionalidade;
Assim, padeço de seriedade...
Maturidade!
Ótimo...
Não padeço de liberdade.

César Vasco

Sempre com você

Hoje não saí de casa pra ver o mar
Fiquei tentando curtir a solidão
Que não me bastava o som da televisão
Abri um livro sobre a paixão

Hoje não saí de casa pra ver o sol
Fiquei tentando curtir o vazio
Que me bastava estar sozinho
E na janela: um pássaro em seu ninho

Hoje não saí de casa
Mas meus pensamentos correram páginas
E minha imaginação... Passarinho.
Visitou salas e corações
E, como de costume, chorou emoções.

Hoje não saí de casa pra te encontrar
Passei o dia pensando em ti
Não estava sozinho
Tenho a companhia de um pássaro em seu ninho
E todo meu amor por ti, guardado naquele cantinho.

César Vasco

Perda dos Sentidos

Acreditar no impossível, às vezes, é perpetuar a dor
E o que distingue o possível do sonho, às vezes, não é o desejo
Porém, pior é saber que a Nau de suas emoções ruma para o desconhecido
E, sem a certeza do retorno, o impossível transforma-se em desespero.

Aquele que, em vão, alimenta tentar entender além de seu íntimo
Agora luta contra si mesmo procurando entender-se
Não enxerga a verdade tão clara à frente
Mergulha na mentira criada em demasia e sem prumo
E não entende mais nada, nem mesmo o que sente.

Sente culpa e se culpa
Sente raiva de si e se culpa
Torna-se refém de seus delírios
Age como ator mascarando sua tristeza
E, sem culpa, adormece os sonhos
Enxergando a verdade clara, e toda sua destreza.

E o tempo corta o cotidiano como o punhal ao papel
Tornando-o figura de sua própria agonia
Que, sem fôlego, se vê perdido em sua maior batalha
Organizando os mortos de sua própria morada
No interior de uma alma, por dor e culpa, já devastada.

Agora, acreditar no impossível é viver a mentira
É entender como perda de liberdade emocional;
Como perda do único porto seguro: a razão!
Encontra-se impetuoso e incoerente
Vê-se um objeto no universo sem deixar de ser gente.

E quando essa mentira se vai
E a verdade apresenta-se Punhal
O ser, abatido, chora...
Sente que perdeu o impossível para acreditar, admirar ou amar.
Já não se sente confortável no novo cenário
E se afasta do convívio, conversas...  Afasta-se do lugar.

A mentira é a poesia e o ser poeta
A mentira é não ser romântico
É esquecer a essência do eu vivo
Não sou poeta na mentira...
Mentira de ser quem não sou ou na mentira que cultivo.

César Vasco

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pessoas que amo

Todo jardim só é belo pelo brilho das flores e o "esmeralda" do verde.
O jardim mais belo que vejo e respiro é o jardim das almas que tenho o privilégio de passear...
Cuido bem do meu jardim!

César Vasco

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sou Assim

É mantendo-me longe de você que consigo respirar
Todas as nossas lembranças correm vivas na minha mente
Sem metáforas passam os meus dias sem te esperar
E um novo mundo nasce a minha frente

O silêncio à tua presença representa o reflexo do meu ser
Como um escudo barrando um sentimento sofrido
O remédio combatendo os sintomas de uma doença
O peso de papel permanentemente em cima do nosso livro lido

E é desse jeito que consigo seguir
Mudando a trajetória dos meus atos e pensamentos
Vivendo o possível sem a vida pedir.
Sem perceber o passar das horas vou perdendo o momento.

Feliz, nem sempre!
Talvez nos momentos de televisão
Felicidade tornou-se momentânea
Momento da vida sem perdão.

César Vasco

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tuas lágrimas em mim

Não sei se provoquei tuas lágrimas
Ou se de lágrimas são os teus dias
No entanto, sei que tenho que te ajudar
Escutar-te e te compreender
Mas não sei como fazer.

Entendo tuas lágrimas
Mas não entendo o momento delas virem
Estou dentro de ti
Como num quarto fechado para o mundo
Observando teus sentimentos e tormentos
Vendo como é tão frágil o ser tão puro

E com as mãos e pensamentos atados
Não consigo te ajudar
Tua alma grita e tua boca silencia
Teus olhos umedecidos rasgam meu peito
 E nesse momento nada do que eu diga pode dar jeito

Ofereço o ombro e um abraço
Tentando te proteger da agonia
Agonia esta que vejo dentro de ti
Vejo, e desarmado faço-me um defensor
De rosas em punho esperando que olhes pra mim.

Sou teu canto de descanso
Teu peito alegre e passional
Sou o teu Dom Quixote de La Mancha
Teu mais sincero ouvinte e conselheiro
Sou teu sorriso, teu suspirar e o teu companheiro
Sou tua sensibilidade e o teu amor mais verdadeiro.

César Vasco

Razão

Saber o que dizer, às vezes, não sei.
Fico parado te olhando brilhar
Viajando num mundo de sons
Contemplando tua beleza ao falar

O que realmente quero, a ti, dizer é simples
Uma frase curta que cala a todos quando dita
Um ou dois segundos sem limites
A mais pura certeza na loucura paga à vista

Hoje reparei que nunca digo o que sinto
Com medo de não ser compreendido
Mas, que louco isto!
Tenho medo do que estou sentindo

Covarde pode ser minha razão
Que se esconde em frases confusas e sem emoção
Mas me contento em ouvir meu interior
Quando grita: te amo! O meu coração.

César Vasco

Minhas Lembranças

Onde depositar o pensamento?
O que ganhar ou o que perder
Quando a atenção, por um momento,
Estará voltada a você?

Perderia horas por um único pensamento
Ganharia tempo para te mostrar o amor
E sem piedade deixaria fluir o sentimento
Tendo calma e doçura para te afastar da dor.

E somente em ti pensaria
Como cão pensa em passeio
Sem metáforas, pensaria!
Como mãe acolhendo seu filho em seu seio.

Deposito meu pensamento em ti
Sorrindo ou chorando
Lendo e sonhando
Deliciando-me em lembranças que contigo vivi.

César Vasco

domingo, 3 de julho de 2011

Esquinas

Em meu trajeto observo as ruas e seus carros
Observo pessoas e pensamentos
Árvores abrigando pássaros
A vida em pleno movimento

Tudo a minha volta respira
Segue em frente e dobra a esquina
Aliás, preciso encontrar uma esquina na vida
E mudar o trajeto contrariando minha sina

Observo o vazio nos olhares
As testas franzidas pelo atraso
As cores mudando com os lugares
Os desencontros e os encontros por acaso

Entro numa rua larga de casas pequenas
Poucas pessoas transitam devagar
E apenas um sorriso na primeira esquina
Uma linda mulher a me esperar

E todo trajeto perde, numa esquina, o sentido
Todas as pessoas vazias somem
Os carros, agora, passam desapercebidos
Quanto em te encontrar, o teu olhar e o teu sorriso me consomem?

César Vasco

sábado, 2 de julho de 2011

O Meu Avatar

Exponho-me tanto pelos sentimentos
Que fico preocupado ao me expressar
Não gosto de usar máscaras
Acho que preciso de um Avatar!
Mas que ridículo pensar
Eu já tenho um Avatar
Um verdadeiro Avatar de sentimentos
Um belo Avatar pro meus momentos de alegria
Melhor se tivesse nome de Ana
Que é linda e delicada
Um Avatar de alma
Avatar de alma Clara.

César Vasco

Para as pessoas “Daquele Lugar”

Amo ter que sair de casa pra trabalhar
Mesmo que de sono eu possa parar
Não paro de amar as pessoas daquele lugar
E quando estou lá
Sei o que vou encontrar
Vou encontrar as melhores pessoas passando...
Passando; loucamente, sorrindo ou chorando
E é por eles que vou estar
É nesses momentos que, de mim, vão lembrar
Pra pedir, à sala, entrar...
Pra mandar estudar,
Pra no momento certo ouvir e conversar
Pra ser amigo e “tio” daquele lugar
Pra nas quintas cantar e ouvir cantar
Pra com eles aprender...
Que na vida pra ser gente grande, primeiro é preciso sonhar.
E é por isso que é tão bom, com eles, conviver e trabalhar.

César Vasco

Longe

Longe de mim quando penso em ti
Muito longe de ti quando estou só
E, quando só, estou contigo em pensamento
Vivendo, morrendo ou sem discernimento
Estou longe de ti e de mim em vários momentos

As pessoas gritam chamando a minha atenção
As pessoas, em libras, se revoltam em críticas
Sem repostas dos meus olhos e boca
Vão embora enraivecidas e soltas
Vão sem saber se estou louco e se deixaram de serem loucas

Longe, muito longe do meu íntimo
Encontro tuas verdades e medos
Encontro meus medos e outros sentimentos
Num baú de retalhos de frases e olhares
Que foram retirados de nossos sorrisos e sofrimentos
De onde não estivemos ou de onde valeram os momentos

Perto demais do meu egoísmo
Tendo não atingir você
Aliás, tendo não te enxergar
Tento, mas não consigo fazer
Meu pensamento é em ti chegar
Mesmo longe de ti não querendo ficar

E se muito longe eu me encontrar
Mesmo perto do meu ostracismo social
Estarei mais perto da minha alegria
Estarei realizando minhas fantasias
Estarei pensando em você...
Estarei inundado de sonhos, letras e harmonia.

César Vasco