Ôia só...
Tão dizeno poraí qui o nordestino só fala palavrão
Mar num é uma bobônica uma peste dessa?
Logo o meu povo qui só trata bem o cidadão
Num veve poraí xingano ninguém não, homi...
Pois, minha santa mãezinha, Dona Teresa,
Cum toda sua candura, sempre me disse:
“Fidapeste, si fô pra rua xingá o povo
Num tem Padim Padinho Ciço que segure...
Li arranco o côro!”
Tu acha qui ardispois disso eu ia saino purai palavriano?
Homi... tu é doido???
Tu acha qui eu ia saí puraí xigano e sacaniano?
Isquece esse conto, meu povo.
Isquece esse conto, meu povo.
Pois, escrevo esse conto
Cum uma raiva invocada
Esqueceno todos parrapapés da escrita
Pedindo perdão a bíblia sagrada,
E a Cachaça mardita,
Pra num deixá minha boca calada.
Mas, era pra sê uma prosa di amô
Era pra dizê, cum toda prosopopeia desse mundo,
Qui a raiva da minha mão é frô
E a alegria furmiga no meu peitcho
Como si o diacho num tivesse jeitcho
Quando isqueço qui, na vida, tô sem rumo
Mar sabeno qui um dia eu mi aprumo
Pois, sei qui no meu coração veve Manu
Qui é meu sonho de consumo...
...Êitcha peste!!!!!
César Vasco
Nenhum comentário:
Postar um comentário