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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Meu Coração



Um coagulo,
Um cercado de arame farpado
Que, sem cuidados, protege um vazio.
Frio ácido que não se bebe,
Um muro,
Uma pedra,
Uma piscina de pedra com vinagre:
Agridoce!
Gélido é fétido...
Um cubo de gelo,
Vermelho a sangrar o olhar latente,
Dessa gente que não o entende,
Presente...
Um poço de pus:
Que traduz o que foi a minha verbalização,
A infecção de uma emoção momentânea,
Meganha de pensamentos impuros.
Um murro no ego,
Um trajeto de centopeia,
Um vômito de serpente...
A serpente,
Um: “Minha Gente!”
Uma úlcera
Que impede o degustar de qualquer sentimento
Provocando sofrimento,
Um pó nos olhos,
Lágrima em pó
Vermelha de consternação
Um furúnculo
É o meu coração!

César Vasco

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