Coloquei uma música para ela ouvir
Dos autores, o mais sensível e letrado.
De essência parecida com a dela, com cuidado, escolhi!
Para que ela se encontrasse num espelho.
A melodia não era ouvida por mim
Mas, percebia em seus olhos a reação de sua alma,
Em silêncio seus olhos devoravam a lírica.
Percebia sua gula e sua calma.
Sua pele avermelhava
E seus olhos umedeciam
Sua boca aberta procurava falar o que o íntimo escutava
Garganta seca sem uma única palavra.
Que construção de universo se edificava?
Em seu ser, essa pergunta me consumia.
Seria a identificação de um novo sentimento,
Ou um sentimento guardado que se privilegia?
Nunca saberei ao certo!
De certo sei que a apresentei a música
E vivi as sensações que nela vi,
Um retrato meu sem minúcias.
A música terminou...
E uma única frase foi dita,
Resumindo todo o momento que envolvia o ambiente:
“Que música linda!”
César Vasco
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