A correnteza do rio leva a folha sêca
Mas não leva o raio de sol
Leva os peixes do mar
Mas a folha, ao mar, não consegue levar
A folha fica no fundo do rio
No fundo do rio se vê a areia
Parte da terra e seu cio
Berço de sereia
Se peixe fosse seguiria o rio
Viajaria por todas as correntezas
Até chegar ao mar
E, assim, depositar todas as certezas
Porque sei que o mar não pára de amar
Certeza é que o rio irá chegar ao mar
Que de braços abertos ele sempre, esperando, está.
Bebendo o doce de suas águas
Dia-após-dia sem parar de amar
César Vasco
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