Tentei me afastar da música,
Do lirismo dos livros.
Tentei observar a planta sob outro céu,
Distinguindo a vida de seus ritos e mitos.
Desprezei a pena e o papel...
Na tentativa de aniquilar o próprio sofrer.
Petrifiquei em sonhos, música e poesia.
Edificando-me sem arvorecer.
Rasguei risos e olhares,
Naveguei por entre conotações exatas,
Degustei o egoísmo mais material dos estrategistas,
Por fim, engarrafei o mar das cartas.
Mas, apenas tentei em vão esconder-me de mim.
E não achando sentindo nesse “amanhecer”,
Já dilacerado por essa nova roupagem,
Desisti da insana convicção de te esquecer.
César Vasco
Nenhum comentário:
Postar um comentário