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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Quem é Você

Quem é você com alma de Afrodite,
Que fala em meus pensamentos,
Aparece quando fecho os olhos,
Que não me deixa sozinho em nenhum momento,
Que me faz exagerar no perfume,
Que me faz viver esse tormento?
Tormento de viver tudo isso só,
Desejando demais te descrever,
Escoar esse oceano de interrogações
E voltar a viver.

César Vasco

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Morena Dória



Morenei de olhar aos lábios
Como se os olhos saboreassem tua cor
O doce do teu sorriso,
Chocolate amargo em tom de flor

Perplexo em admiração
Ao devaneio opaco da minha lucidez,
Um universo nasceu!
Por tua fotografia o amor se fez!
Longe da maldade humana,
Minha alma, em teu sorriso, adormeceu.

Quis acreditar no infinito
Finito era o ar a contemplação
E num suspiro procurando vida
Encontrei espontânea paixão
Inconsciente ao que os olhos prendia,
Ardia o peito...
Não se escutava do coração um único “Não”!

Fitado ao amor
Condenado por tua simplicidade em pele,
Solto ao destino e preso em tua figura
Exposto, porém, nada me fere!
Que não seja a vontade de ser tua moldura
A doçura que sinto pelo olhar
E a essência do teu ser cantarolando formosura.

César Vasco

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Olhar de Borboleta



Olhos são a primeira imagem da borboleta
Imagem de reluzir pura beleza
Olhos estáticos em valsa de asas
Pintura de asas para esconder-se da presa...

Que, ora, seja a felicidade do verde e flor
Ora, seja a lágrima que não cai destes olhos
Que repulsa agonias: pura tristeza!
A borboleta e sua natureza.

Olhos não são a alegria verde de sua essência,
O olhar da borboleta é maduro e consciente,
Enxerga o fel, o frio no leito do rio
Olhos a trancar um coração inocente.

Borboleta, teu olhar é triste.
Mas, emana de tuas asas de liberdade.
Entenda, borboleta, o sinal da natureza...
E voe o céu de tuas amizades.

Voe observando a alegria deste campo
Esqueça o desencanto da lágrima que não caiu
A felicidade é misteriosa e prima de um sorriso.
Como o voar da borboleta derrubando a folha no rio.

César Vasco

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Nunca Fiz Uma Poesia Pra Você


Eu nunca te descrevi em poesia...
Somente a minha alma descreve-te pessoa,
Ainda!
Mas; hoje minha alma, em lírica, ressoa...

Em lírica a forma do teu sorriso
O brilho de te ter como és: Delícia!
A tua amizade e alegria,
Larissa!

Eu nunca vou escrever uma poesia pra ti
E quem sou eu tão soberbo pra tanto?
Tanto amor e sensibilidade nos olhos
Olhos que sufocam o pranto!

Não!
Eu nunca irei escrever-te
Nem, olhar-te mais eu vou...
Nem te dizer que a admiro...
A maneira que imaginas que sou!

Louco em sobriedade, seria...
Àquele que, um dia,
Te descreveria em poesia
E mesmo triste à revelia...

Pensasse, numa insônia,
Ter-te como sonho, bem que merecia!
Recitar a voz do coração musicada
E, enfim, edifica-la à poesia...
Larissa.

César Vasco

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Não Sei


Cometi tantos erros
Que dos acertos, não sei!
Não sei o que pensava quando errei
Mas, sei do que provei!

Se o que me diziam era verdade...
Até hoje dessa experiência, não sei!
Não sei se valeria pra mim o que diziam,
Ou se foi por não ouvi-los que errei...

Só sei que não me satisfaço ao fim dos dias
E uma pergunta sempre me coloca pra dormir:
O que será de mim?
Eu aprendendo a existir.

Os erros que cometi
Remetem a certeza daqueles que me falam.
E os acertos em meu caminho,
Ao calor dos que me abraçam.

Não sei o que fui
Nem imagino o que serei
Aprendi a não me importar tanto...
Ou, nem sei!

César Vasco

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Medo Que Me Ensina



Meu medo não é do escuro
Nem dos pesadelos das noites sem fim
Meu medo não encontra-se no outro
Meu medo está em mim.

Observo o que falam os ignorantes,
E menos ignorante, entendo o que falam os intelectuais.
As banais contextualizações de ativistas...
Entendo e comparo aos meus sentimentos mais surreais.

Meu medo não é o que vejo
Meu medo não é desentender-me do outro
Meu medo não é tentar um léxico rebuscado:
Meu verbo é solto!

Observo meu universo livre de conceitos
Tenho medo de encontrar, no mundo, um punhado de asneiras...
Medo de ficar igual a qualquer coisa igual,
Medo de sair por aí falando besteiras.

César Vasco

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Voo da Garça



Em clave de sol e vestida de natureza
Um brilho intenso de elasticidade harmônica surge.
Como se dançasse à luz pelo coração,
Como se dessa emoção, de sua casinha, acordasse um pássaro.
Pleno de graça e ternura,
Interpretando o voo elegante de uma garça,
Espalhando cores e sustenidos clássicos...
Numa paisagem de prosa feliz e sem ameaças.

Numa moldura - que mais parece um braço de violão –
Na singeleza do movimento com a mão,
Demonstra a lírica de uma peça de Vivaldi:
O indicador apontando para o destino desta Garça:
A Primavera!
Ecoando belezas florais por todas as partes deste quadrado mágico,
Dessa tela natural no bairro barroco de Jaraguá,
Clássico ambiente para a Bailarina Flor com nome de Céu,
Imagem, não apenas para contemplar, e sim, fluir o amar!

Cor, som e dança estática no Céu...
No chão, na forma de pássaro pela interpretação da Pianista,
Que em movimentos ou acordes, denota a alegria por ser artista...
Ativista, para que tenhamos, às vistas, a certeza do que é belo,
Presenteando de elementos místicos qualquer alquimista,
Fazendo meu violão “Cantar”...
E Deus a reverenciar sua mais linda criação,
Fazendo o poeta, por admiração, se calar.

César Vasco