Li em seu voar suas palavras a mim
Lírico mensageiro, ligeiro e feliz!
Entendi a pausa na flor do colibri
Vi a tua boca me falar no ar
No bater rápido e sincronizado voo
Enxerguei por alma o teu olhar
Sentindo o teu cheiro na flor que o colibri escolheu
beijar.
Saudoso a sonhar escutei o teu desejar
E impávido, calado, interpretei o colibri
Todas as palavras de amor a mim
Até mesmo àquelas que você nunca me ousou falar.
Senti meu vazio sendo invadido por ti
Desejando responder-te pelo colibri,
Mas não tenho o teu dom de se comunicar,
Nem pelas cartas de amor que te escrevi.
Então que se vá, colibri...
E que ele retorne a ti traduzindo o que viu aqui
E que ele seja fiel em sua descrição,
Que ele não se esqueça de dizer-te que te viu em mim.
César Vasco
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