Pássaros presos
cantam a dor
Pássaros soltos cantam a liberdade de escolher:
Entre ter que voar ou se apegar!
Será?
Pássaros soltos nunca se apegam...
Só sei que, livres
Pássaros soltos sempre cantam antes de voar.
Se dançam, não sei!
Mas, danço solto ao seu cantar.
César Vasco
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segunda-feira, 30 de julho de 2012
Vista do Alto
Seguro de coragem observo do mais alto
Ponto que me ponho em conto de coragem
Observo olhares seguros e corajosos
Na pedra mais alta diante da margem
Onde me acolho ao desejo de navegar
Nas nuvens que formam figuras
E corajoso mergulho do mais alto ponto
Deixando pra trás olhares, pedras e agruras.
Para onde a coragem me levar
Ou parar onde o fôlego mandar
Seguindo nuvens de figuras a me empurrar
Perseguindo o impossível de imaginar.
E nadar ao nada cercado de tudo
Como desejo de encontrar o meu amor
Como aquela vontade de reencontrar-te em beijo
Lembrando o rosto visto do mais alto arpoador.
César Vasco
terça-feira, 24 de julho de 2012
Negro Olhar
Negros olhos como pérola rara
Lindos olhos admirados
Hipnotizando os meus com seu olhar.
Negros olhos abertos e os meus a reverenciar
Que, se fecho os meus olhos,
Ainda os consigo enxergar!
César Vasco
O Mensageiro
Eu que ouvi o colibri
Li em seu voar suas palavras a mim
Lírico mensageiro, ligeiro e feliz!
Entendi a pausa na flor do colibri
Vi a tua boca me falar no ar
No bater rápido e sincronizado voo
Enxerguei por alma o teu olhar
Sentindo o teu cheiro na flor que o colibri escolheu
beijar.
Saudoso a sonhar escutei o teu desejar
E impávido, calado, interpretei o colibri
Todas as palavras de amor a mim
Até mesmo àquelas que você nunca me ousou falar.
Senti meu vazio sendo invadido por ti
Desejando responder-te pelo colibri,
Mas não tenho o teu dom de se comunicar,
Nem pelas cartas de amor que te escrevi.
Então que se vá, colibri...
E que ele retorne a ti traduzindo o que viu aqui
E que ele seja fiel em sua descrição,
Que ele não se esqueça de dizer-te que te viu em mim.
César Vasco
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Cego em Ti
Não sei se entenderei o sonho que me plantastes!
César Vasco
Não sei se tenho tanto amor assim,
Ponderando a diferença entre o não e o sim,
Não sei o porquê de, em tuas palavras, encontrar tanto ‘se’!
Mas se contares o que guarda em teu peito,
Talvez eu consiga ler o teu íntimo,
Talvez consiga acomodar-me em teu leito
E se isso acontecer o que é dúvida se tornará ínfimo.
O que agora me contemplas por sonho
Materializa-se em pintura abstrata,
Tatuagem de emoções, por mim, desconhecidas.
Visões de palavras de clemências adormecidas.
Não sou eu quem sofre o absurdo da solidão
Não sou eu quem não enxerga a luz de única emoção
Nem luz nos olhos eu tenho para tanto!
É você quem tem a agonia plantada no coração!
Eu vivo o universo da minha mão
A respiração do meu caminhar,
A pura intensão dos meus olhares cegos
O voo certeiro do meu peito ao cantar.
Sou a imagem do meu ego tímido
Sou a escuridão dos meus olhos negros de dor a gritar
Não entenderei a raiz dos teus sonhos,
Pois, por ti, nunca aprendi a chorar!
Vaga-Lume
Pleno
breu vaga um lume
Perdido
num corredor escuro,
Um
Vaga-Lume!
Que
sem direção perde-se puro.
Grande
mundo sem lume
Sem
direção, sem vista... Sem vida.
À
vista como olhos sem luz na cruz,
Vaga
a única luz.
Vaga
pelo breu a pequena vida
Sem
destino vaga o lume
Acreditando
na expansão de sua luz
Em
cores vivas: determinação que não se traduz.
Grande
luz dos olhos
Que
pelo breu se ofusca triste
Observa
um pequeno Vaga-Lume
Constrói
um mundo de esperanças que não existe.
César
Vasco
Minha Amizade é Assim!
Um dia, uma amizade, um mundo...
Uma realidade!
Outrora, de alegrias, se veste o abraço e o sorrir à
vontade...
E os dias são vistos e ditos com toda verdade.
Ah, mundo cruel...
Tendes a nos ensinar com tanta maldade:
Afastando-nos da melhor das amizades,
Ensinando-nos a lacrimejar sem piedade,
Ensinando-nos a sorrir mesmo pelo peso da saudade!
(Alguém tem que fazer entender o verdadeiro sentido do
abraço...
A amizade existe e deve ser compartilhada precedendo um
sorriso... Sempre!
Alguém tem que inventar o verdadeiro sentido da amizade,
Sobrepondo o ridículo do preconceito de ser “verdadeiro
amigo”...
Acho que alguém tem que reinventar o sentido de ter uma
amizade).
César Vasco
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