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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ante, Sonhos!



Os sonhos, em ganhos, sonhos...
Só nos servem para sorrir e seguirmos adiante.
Menos os sonhos distantes,
Que, avante, nos levam aos sonhos... Os sonhos.
Dos sonhos, pertos como dói os distantes?...
Adiantes, sonhos!!!

César Vasco

Minha Casa

Em minha casa...
Tenho minha paz!
Minhas músicas e; nelas,
Em minha casa, lembranças.
Esperanças, não as tenho...
Em minha casa tenho a mim,
A ti e aos que pensam em mim...
Aos que estão aqui e aos que nem lembram de ontem
Nem de antes de ontem,
Estão todos em minha casa
Lugar de paz onde crescem minhas asas.

César Vasco

domingo, 24 de junho de 2012

Luiz Gonzaga


Sou tão nordestino, Luiz...
Tu sabes o quanto choro com a história do “Assum Preto”
Triste sina de raiz,
Como a minha, que choro por um amor cego e tão cedo.

Oh, seu Luiz...
Se eu tivesse asa “avuava” pra outro bem querer
Como a tua asa branca
Que, sem querer, ensinou um povo todo a bem viver.

Luiz, respeita Januário!
Respeita a luz dos olhos teus: Santana!
Santa mãe, que de luz, viveu de amor
Pra você, Luiz, cantar na caravana.

Ah, Seu Lula...
Sou tão nordestino nesse amor
Que se eu escolhesse um lugar pra ficar
Escolheria um pedaço de chão pra te ouvir cantador

César Vasco

Eu e Meu Coração


Eu e meu coração
Tenho uma relação amigável com o meu coração:
Ele não reclama do meu sedentarismo,
E eu não reclamo dele principiar o amor como emoção.

Eu e meu coração
Sou todo do time dele, veja:
Enquanto ele briga com o cérebro pelo domínio,
Pra ficar com o coração, me encharco de cerveja.

Eu e meu coração
Eu com minha mania chata de gostar das pessoas
Ele com a mania de acompanhar minhas vontades
Cada um respeitando sua própria verdade.

Eu e meu coração (Risos)
Quem sou eu sem ele, senão, eu?
O que seria dele sem meus amores?
Nós, irmanados pelos amores e dores.

César Vasco

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Olhar do Reflexo

Onde sentes o frio da solidão
Outros vivem o verão das passionais relações
Onde o olhar turva emoções
O peito saudoso à fascinação,
Sente o apelo sincero das canções.

Enquanto tardes te iluminam noites
Melancolias escurecem risos em raios solares
E um único ser admirando-te a sentir o açoite
Pelo sentimento, por ti, proliferado em ares.
Emanados dos teus sorrisos dias após noites.

Enquanto com raiva alimentas a prosopopeia
Alegrias ensurdecem teu humor
Tornando-se vertente para outras alegrias
Alheias, como eu, que tenho a leitura fiel do teu amor.
Regido pela ira ou pela alegria
Em tardes quentes ou vazias.

Onde sentes o pisar da indiferença,
Enquanto cresce a crença de um sentimento solitário,
Nem olhas para o lado sentindo-se abandonada e sem esperança,
Não respiras aliviada,
Não repara meus olhos refletindo a sua presença,
Nem imaginas o quanto és amada e desejada.

César Vasco

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pesar no Pensar


Meus pensamentos
Entre verdades e totais incertezas
Momentos... Sonetos!
Eu e meus pensamentos
Repletos de esperanças e tormentos

A íris aberta num primeiro momento,
Reluz como clara ou lírica ideia
Afaga o peito num leve respirar
Sem esperar a viva luz no olhar
Já sob o controle da doce ilusão
Imensidão positiva ao despertar

Nenhuma palavra dita num segundo momento
A súplica na respiração por soluçar
A pele molhada por lágrimas sem um lumiar
Mãos abertas a esperar...
Mãos a espera de outras mãos por acariciar.
Sonhar sem precisar sentir a própria essência lacrimejar

O corpo não se move
Pelos sentimentos, o pensamento, percorre.
Incerto de suas vontades e mudanças insanas,
Sozinho o ser se resolve... Se desenvolve!
Chora, ri ou explode...
Sozinho e pensando, em sonho se vive...
E, por fim, morre.

César Vasco

Barquinho de Papel


Embarca carrancudo ao fel!
Embarcação de fúria e de papel
Esgueirando-se pelo rio de lamas surdas
Pelas valas imundas sem estrelas no céu.

Corre rio de fel
Leva a embarcação de “grito silenciado”
Leva a leva de contestações...
De consternações

Pequeno barco sem linhas escritas
Que, em qualquer obstáculo, encalha
Não encara mais a verdade
Nem com o ser mais próximo sente-se à vontade.

Leve ao leve rio
De papel a embarcação corre
Norte, o rio de fel
Sem força o homem ao léu. 

César Vasco.