Ah, esse teu olhar...
Congelou o meu!
E fez-me perder alguns minutos de extrema observação...
Contemplação!
E admirado perdi-me num bálsamo de fascínio.
Aliás, não perdi! Ganhei um sorriso espontâneo no rosto pela emoção,
E como a muito não sentia, tive alegria e uma tórrida vontade de conhecer a pessoa,
A dona do olhar.
Pessoa de sorriso místico, por isso, marcante,
Pessoa de sorriso puro e cativante.
E esse teu olhar faz mesmo a gente viajar.
Encontrar no fundo da tua íris a miscelânea de um belíssimo mar,
E se, por loucura, nos deixar levar
Para dentro do teu olhar
Sentiríamos o conforto do peito amado,
Sentiríamos muito bem abrigados,
Embalados nos braços mais apreciados,
Abrigo que não somos os donos!
Mas que desejamos por, sentimentos, ter.
Abrigo dos nossos sonhos.
Ah, esse teu olhar...
Se imaginasses quantas palavras teria para elogiá-lo,
Com certeza outras fotos você iria publicar
E eu, obcecado, não pararia de olhar.
Entenderias que, para nós, é fácil se apaixonar,
Não essa paixão corriqueira dos novos amantes.
Paixão clássica, de rosas em punho...
Que fez Neruda amar Matilde!
E sabendo que entraria no corredor fechado do absurdo,
Teria coragem de sempre falar, escrever... Publicar,
Sempre para esse olhar absoluto.
César Vasco
P.S.: Totalmente inspirado numa foto de alguém que ainda não conheço, mas que vou conhecer!