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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Silêncio da Solidão

Deitado no chão recolho-me em melancolias.
A luz do quarto padece ao luar
Pessoas passam num céu de lembranças
Pessoas da saudade e outras vazias
Pessoas de agora e da minha infância.

O silêncio da minha solidão é maduro
Resume-se à súplica das minhas emoções,
Que choram tempos idos,
Que reclamam amores impossíveis e tão escondidos
Rejeitando malévolos corações.

Esta noite revela a luz do açoite
Num quarto de lembranças vivas e eternas
Onde, da alegria, não é permitida a visita.
Não ousa burlar portas ou janelas
Cega, luz, a felicidade à vista!

Luz que ofusca a sabedoria do ser:
Apaga-se, brilho de breu.
Apaga-se aos olhos sem luz,
Como se de luz fostes os olhos teus.
E não cega-me a olhos nus.

Guia-me por trilhas de abraços
De sentimentos menos humanos
Que eu reconheça olhares de paz e amor
Ilumina o outro caminho da vida.
Mais real e menos sonhador.


César Vasco

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