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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Descansar em Teu Colo



Deitar o peso das diferenças no teu carinho
Deleitar-me ao teu sorrir
Respirar fundo os teus suspiros
Ser exagerado e não precisar mentir.

Descansar a mente na arte
Descaradamente na poesia
Nas palavras que te fazem ser a mais bela
Descansar em música: melodia e harmonia.

Descansar os olhos na escultura
Relaxar o olhar nas linhas da tua face
Desenvolver por ti uma nova cultura:
Curtir teu silêncio e tua serenidade.

Repousar os braços em teus braços
Entregar-se ao ócio da turbulência que é te amar
Sentindo o alívio de me ter em casa.
Descansar minha alegria na segurança de me doar.

Deitar em teu colo e adormecer
Sonhar com a realidade longe de ti:
Acordar aflito e te escutar dizer:
“Calma, eu estou bem aqui!”

Repousar os lábios em teus lábios
E não pensar em nada que irá nos prejudicar
Descansar a mente exercitando o espirito
Deitar minha alegria em tua boca e saciar-me...
Descansar!

César Vasco

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Silêncio da Solidão

Deitado no chão recolho-me em melancolias.
A luz do quarto padece ao luar
Pessoas passam num céu de lembranças
Pessoas da saudade e outras vazias
Pessoas de agora e da minha infância.

O silêncio da minha solidão é maduro
Resume-se à súplica das minhas emoções,
Que choram tempos idos,
Que reclamam amores impossíveis e tão escondidos
Rejeitando malévolos corações.

Esta noite revela a luz do açoite
Num quarto de lembranças vivas e eternas
Onde, da alegria, não é permitida a visita.
Não ousa burlar portas ou janelas
Cega, luz, a felicidade à vista!

Luz que ofusca a sabedoria do ser:
Apaga-se, brilho de breu.
Apaga-se aos olhos sem luz,
Como se de luz fostes os olhos teus.
E não cega-me a olhos nus.

Guia-me por trilhas de abraços
De sentimentos menos humanos
Que eu reconheça olhares de paz e amor
Ilumina o outro caminho da vida.
Mais real e menos sonhador.


César Vasco

A Bailarina e o Pardal

Canta pássaro no alto dos fios
Canta a saudade do verde da amizade
Da música do som do rio
Canta a tua essência mesmo melancólica
Canta alto a tua saudade

A verdade que o teu canto incide
Contrasta com a vontade no teu peito
O eco do teu cantar, denota tua alma livre.
Mesmo tendo o peito preso na cidade e sem leito
E ao desprezo das pessoas, forte resiste!

Dança bailarina, ao canto pássaro.
Passa a alegria do teu dançar à ave triste
Choroso o pássaro te observa bailar
Dança bailarina, com braços em riste,
Rodopia em harmonia para a tristeza afastar.

Observa como amigo tornou-se o canto pássaro.
Observa como ele te observa feliz:
Olhos brilhantes, sorriso no assobio do cantar.
Baila bailarina, mágica de alegria.
Baila a magia da amizade com o poder de voar.

À luz do dia um retrato da amizade:
Um pássaro antes melancólico
Agora canta alegre o que aprendeu com um bailar.
E uma linda bailarina despejando harmonia
Ao novo amigo pássaro, a quem ensinou a amar.

César Vasco

sábado, 15 de setembro de 2012

Entristecer e Alegrar-se



Entristecer é como ser noite pelo dia:
Você só espera a hora de deitar.
Que nunca chega!
E o dia passa e repassam as lembranças tristes
Na mente que mente ser, à noite, cega!

Alegrar-se é tomar banho de mar
Independente da hora: tomar banho de mar!
Externar-se ao mar, ao ar!
Amar o momento de contato com a natureza
E traduzir-se em sorrisos sem, ao menos por um minuto, pensar!

Entristecer é chorar sozinho:
Deixar os pensamentos gritarem vazios
Vasculhando em suas lembranças os momentos felizes
Mesmo aqueles deslizes, outrora, resolvidos.
E ter a certeza que o amor, em ti, deixou raízes.

Alegrar-se é quando o telefone toca
E do outro lado, a voz esperada com alegria:
“Eu estava pensando em você!”
E você diz: mentira!
Enquanto seu coração sorria... Sofria!

Entristecer é pensar nas alegrias passadas
Passada a tristeza, alegrar-se é viver!
Viver a tristeza, entendendo a melancolia no próprio ser.
Não esquecendo o que o outro te deu pra sorrir
Pois; triste daquele que, na dor, não a compreender!

César Vasco

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Se Fiz a Leitura Errada

Como um artesão moldando o belo rosto
Talhando em madeira suas feições
Como se eu precisasse talhar sorrisos...
E assim é você: Inesperados sorrisos e emoções.

Você não, simplesmente sorri, Garota.
Quando você tenta provocar algo parecido com sorriso,
Criam-se novos e novos universos, antes nunca imaginados por Deus.
Quem sabe isso não explique sua criação e compromisso!

Mas edifica-se em teu rosto o gosto da tristeza
E como são evidentes os traços negativos nos rabiscos
Tua leitura é íntegra e perfeita
Quando triste é o olhar em pessimismo.

Mas, saiba linda criatura:
Gosto de você mais que gosto de música.
E acho que ficaria surdo, se apenas tivesse o direito de te ter,
Sempre presente ao meu lado, Esquerdo! Sem poder te ver?

Entendo a beleza como sendo coisa física e lírica.
O conjunto da bela posição intelectual,
Com o falar dos olhos e o silêncio dos lábios,
Emolduram teu sorriso conjugal.

Então, não te faças traços negativos
Pois, percebemos a tua alma em silêncio
Grite a alegria no olhar ao sorrir
Pois, sempre precisei disso pra existir.

A Alegria!
(César Vasco)