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terça-feira, 29 de novembro de 2011

(V)

Perdi as palavras do meu amor
Ou melhor, deixei de escutar meu coração
Percebi a ausência do sentido
Após o último baque de desilusão

Perdi o tempo verbal do perdão
Aquele momento que não voltará
E a chance de dizer não...
Só me resta esperar o inverno passar

Mas, que bonita é a vida
No meio da tempestade fria
Aparece-me uma menina
Que carinhosamente chamo de “minha”

Ela conduz a caneta no papel
Que alivia o meu peito
Criando em mim um sentimento fiel
Deixando-me todo sem jeito

Agora acredito em final feliz
Que a tempestade terá seu fim
Trazida pelas mãos de uma menina
Tranquilizando-me a alma como sempre quis.

César Vasco

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Por Que Te Amo?

A tua consciência te faz feliz e te faz triste!
Porém,
Será que tua consciência te faz ser o que é: Forte ou melancólica?
A tua consciência é teu sono, teu momento de descanso?
A tua consciência é tua felicidade... É teu amor?
Quem é teu amor?
Quem é teu?
Quem sou eu sem você, meu amor?
Eu te amo amante das artes!
Crítica total das artes mais ou menos artísticas, mas... Crítica!
Por favor, não critique meu sentimento por ti.
Não é uma arte te amar!
Amar-te é meu prazer e ofício.
Sou técnico e cientista deste propósito!
Critique meus olhares, meus gestos, minhas palavras, minhas... Meus, (...), por outra!
Mas, por favor, não me culpe por olhar.
Não pense que, assim, deixei de te amar,
Ao contrário, demostre que me ama...
...ou, enraiveça-se por não entender que minha raiva é porque te amo.
Meu espelho de mim, não queira sentir o que sinto por você,
Como a imperfeição da minha perfeição que te ama!
Logo, tu me amarás, perfeitamente, meu lado menos perfeito.
E, me amando, por, com ou sem perfeição, serei sempre perfeito por te amar,
Sem precisar me olhar no espelho.
Sentido tua boca em minha boca, de olhos fechados...
Simetria:
Olhos nos olhos e bocas por beijo.
Entendeu?

César Vasco

Cordel da Bobônica Invocada

Ôia só...
Tão dizeno poraí qui o nordestino só fala palavrão
Mar num é uma bobônica uma peste dessa?
Logo o meu povo qui só trata bem o cidadão
Num veve poraí xingano ninguém não, homi...
Pois, minha santa mãezinha, Dona Teresa,
Cum toda sua candura, sempre me disse:
“Fidapeste, si fô pra rua xingá o povo
Num tem Padim Padinho Ciço que segure...
Li arranco o côro!”
Tu acha qui ardispois disso eu ia saino purai palavriano?
Homi... tu é doido???
Tu acha qui eu ia saí puraí xigano e sacaniano?

Isquece esse conto, meu povo. 

Pois, escrevo esse conto
Cum uma raiva invocada
Esqueceno todos parrapapés da escrita
Pedindo perdão a bíblia sagrada,
E a Cachaça mardita,
Pra num deixá minha boca calada.

Mas, era pra sê uma prosa di amô
Era pra dizê, cum toda prosopopeia desse mundo,
Qui a raiva da minha mão é frô
E a alegria furmiga no meu peitcho
Como si o diacho num tivesse jeitcho
Quando isqueço qui, na vida, tô sem rumo
Mar sabeno qui um dia eu mi aprumo
Pois, sei qui no meu coração veve Manu
Qui é meu sonho de consumo...
...Êitcha peste!!!!!

César Vasco