Quando os muros se ergueram
E vi as cercas de arames sendo puxadas
Como puxavam sacos de ossos com ou sem vidas para valas
Ouvi o som de tiros exagerados e aguçados de
metralhadoras
Cuspindo tiranias, absurdas intransigências, racismo,
xenofobias ás balas
Vi o êxodo da racionalidade para a agonia de um tapa...
Na cara do cara pendurado num varal molhado de sangue
Varal da bruta forma de agir pela ignorância e pelo totalitarismo
A força do não discutir a verdade
Na mão: chicote de fios elétricos
A ferro e fogo mutilam centelhas de liberdade por cor e gêneros
Oxigênio:
Ar escasso por múltiplos músculos abatidos
Apunhalados lado a lado em cada costela quebrada
E enfim, um banho frio... será o fim?
Banho frio para retomar a consciência da dor
E o desejo de não estar ali
E serão enumeras as formas de forças utilizadas
Senão, a forma mais chula e humilhante
Para um não-Canga, somente vestindo uma cueca, ou sunga... só a dor!
Para ele não se guarda água, nem comida.
Para ele não há clemência
Não se aguarda um afago
A frente, um guarda as vergonhas expostas daquele que perdeu a guarda
Parar? Militar não quer parar...
EleNão!
Por gestos humanos e anti-humanistas
Na verdade, ferro em brasa queimando a pele atrás da
verdade a que se queria
A mesma ignorância da prisão do pássaro em gaiolas
Não é um pássaro, apesar da vontade de querer voar
Este sente o fascista braço da imoralidade
A mão da raiva cerrada na cara
A verdade forçada pelo engodo, pela dor... sem amor no
horror
Num pau de Arara!
César Vasco
Não tinha lido algo tão forte a muito tempo. Lembranças das belas aulas de história que tive com meu professor Fabiano, bateu até saudades de assistir boas aulas.
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