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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A Dita Num Pau de Arara


Quando os muros se ergueram
E vi as cercas de arames sendo puxadas
Como puxavam sacos de ossos com ou sem vidas para valas
Ouvi o som de tiros exagerados e aguçados de metralhadoras
Cuspindo tiranias, absurdas intransigências, racismo, xenofobias ás balas

Vi o êxodo da racionalidade para a agonia de um tapa...
Na cara do cara pendurado num varal molhado de sangue
Varal da bruta forma de agir pela ignorância e pelo totalitarismo
A força do não discutir a verdade
Na mão: chicote de fios elétricos
A ferro e fogo mutilam centelhas de liberdade por cor e gêneros

Oxigênio:
Ar escasso por múltiplos músculos abatidos
Apunhalados lado a lado em cada costela quebrada
E enfim, um banho frio... será o fim?
Banho frio para retomar a consciência da dor
E o desejo de não estar ali

E serão enumeras as formas de forças utilizadas
Senão, a forma mais chula e humilhante
Para um não-Canga, somente vestindo uma cueca, ou sunga... só a dor!
Para ele não se guarda água, nem comida.
Para ele não há clemência
Não se aguarda um afago 
A frente, um guarda as vergonhas expostas daquele que perdeu a guarda
Parar? Militar não quer parar...
EleNão!

Por gestos humanos e anti-humanistas
Na verdade, ferro em brasa queimando a pele atrás da verdade a que se queria
A mesma ignorância da prisão do pássaro em gaiolas
Não é um pássaro, apesar da vontade de querer voar
Este sente o fascista braço da imoralidade
A mão da raiva cerrada na cara
A verdade forçada pelo engodo, pela dor... sem amor no horror
Num pau de Arara!


César Vasco

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Cana


A lua ilumina a terra doce queimada
Fuligem toma conta do único ar perto do mar
A colheita irá começar
A mulher e o menino a nascer entre cinzas e feixes de açúcar
O mais forte prevalecerá
A quartinha, a quentinha, a foice sem machado...
E o sol que continuará a queimar
Agora do suor no corpo marcado.

César Vasco

sábado, 4 de agosto de 2018

CSA


Azul do céu
Simples saudade anil
De ver brilhar
A cor... o amor!
Chama o clamor do povo
À ecoar explosões no peito
À peitar eclosões de paixões, oh meu povo!
Quem tão nobre mancha terá tal brilho cintilante azul?
Quem será tão bravo, errante e certeiro como o maior JACÓ?
Quem no peito sentirá o que Daniel sentiu?
Daniel na cova dos leões, lesões á guerra
O marcará a garra de vencer
Talvane, talvez seja a solução lateral
Zezinho caminho de força interior
Caranguejo, Siri e Chico9: Sinônimos da Alegria!
Aos gritos, aos berros de Força
Um gol!
Um simples gol
Prevalecerá uma centelha
Um sentimento guerreiro: CSA!
Viver à procura de uma estrela!

César Vasco

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Praia do Universo

O horizonte dela sonhou!
Ponderou o universo que habita em cada um
Um por um ela analisou os seus olhares:
Do coração e o olhar racional

O universo racional colocou em xeque seu olhar lírico, por um momento
Já o universo romântico nem se importou com esse movimento
Pensou na existência de múltiplos olhares: ricos, pobres, tristes ou felizes...
Enigmáticos olhares...
Sentiu-se livre!

Pediu em seu universo que o sol fosse sua testemunha
O mar aprovou
Banhou-se em questionamentos naturais de sereia
Caminhou à praia do existencialismo
Descobriu-se romântica.

Provocou seu ser e afundou em diálogos
Percorreu corredores entre loucos e sóbrios
Tão pouco os distinguiu e nem se importou
Cortou as amarras tradicionais do racional e do lírico como a tanto queria
Surfou na pedra da filosofia achando-se Sofia

Enxergou o próprio horizonte e o indagou:
O que encontrou nos meus sonhos?
O que devo esperar do universo dos outros?
Seu horizonte chorou e depois sorriu:
- Em sua mente, somente o amor!

César Vasco

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Maria: Clara Escultura


A arte nos invade a alma e os sentimentos nos enclausura
Os pensamentos poéticos e pensamentos românticos transformam-se em esculturas.
E questionamentos vagueiam o imaginário:
Quantos deuses aspiram esses artistas tântricos e satânicos?

Toda delicadeza em seus movimentos
Todos os pensamentos e desejos
O vejo esculpir-te!

Toda alegria, harmonia e cordialidade
O carinho com o teu sorriso é um pleonasmo
Como ele pode te sentir assim?

Se, nem eu que a amo não te representaria tão bela...
Tão fera e sincera!
Se, nem eu te descreveria tão clara em silêncio
Como... como o pode embelezar-te deveras?

Mas, sim
Bela e artística!
Clara em feminina doçura, ele o fará!
Alquimia em mulher Maria: carinhosa em sublime ser!
Seus traços românticos ele os dará!

Penso no artista e em sua inspiração
Logo o imagino preparar suas ferramentas após as escolher
Fecho os olhos e o vejo imaginar-te
É... minha literatura em escultura é você!

César Vasco

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Nada

Nem a rainha
Nem a lua
Nem a flor em cima do muro
Nem a mais linda da rua

Nem o mais comovente sorriso
Nem um belo filme traz
Nem a boa música
Nem o hilário faz

Nem a simples alegria
Nem o êxtase em eminência
Nem a farra com os amigos
Não há nada no mundo que aconteça sem a sua presença

César Vasco

segunda-feira, 12 de março de 2018

Versos e Sorrisos

E vão parecer versos estranhos e perdidos
Versos agredidos e crespos
Versos rasgados aos dentes

Brancos olhos de lume negra
Versos ávidos de brancos
Algodão, arroz e cana

Versos aos braços e abraços
De penteados soltos e lindos
E de alma livre

Versos!
Negros, amarelos, roxos e soltos
Perdidos a achados
Versos livres


E sorrir?
Que exige força e paz,
Amor, cor, dor e horizonte

Onde a gente menos foca o sorrir
Encontramos luz alma e carinho

Onde menos a si sente?
Onde vive a certeza?

Não minta sobre o amor
Revele-se
Alegre-se em sorrisos
Pois, te amo!
Teus versos controversos
Ao avesso...
Te amo como no começo
Sorrindo.
E sorrir?
Que exige força e paz,
Amor, cor, dor e horizonte

Onde a gente menos foca o sorrir
Encontramos luz alma e carinho

Onde menos a si sente?
Onde vive a certeza?

Não minta sobre o amor
Revele-se
Alegre-se em sorrisos
Pois, te amo!
Teus versos controversos
Ao avesso...
Te amo como no começo
Sorrindo.
 

César Vasco

quinta-feira, 8 de março de 2018

Guarda Lume

Guarda a luz
Guarda o ser
Guarda o sorriso
O olhar feminino
E a alegria de viver
Guarda a paz
A fé católica
Guadalupe, nos guarde
Guarde o amor
O olhar perdido no horizonte
A harmonia que se guarda em poesia
Guarda amada.

César Vasco