O amor acabou
O caba que amou
Acabou com o soneto
A rima irmã da poesia, acabou
Pois, se encontrou e verdejou
Abandonou a lírica que o ajudou
Para viver o presente
Ausente de romantismo
Sucumbiu a máxima dor do bolor da existência
E resolveu acabar
Dissecar o amor próprio
E descobriu os momentos sombrios desperdiçados
Malfadados momentos sem tempo... sem sentido
Sentindo que deveria acabar com a solidão
Pegou o violão e acabou com a melodia
Cantou as palavras da alegria
Sem rima, sem sina, sem o frio da melancolia
Cantou, sorriu, correu e viveu
Depois, começou...
César Vasco