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terça-feira, 26 de abril de 2016

Minha Teresa

Gente, a minha mãe na porta de casa me espera
E eu espero um abraço pois, nem são cinco da tarde
Onde, se eu me encontro tarde no “racha” da rua do lado: César, a tua mãe!
Mãe que se perfuma e se arruma
Pra igreja, ela se apruma e cheira e é linda a minha mãe!

Se vai levar roupas pra quem necessita: fé!
Se vai levar comida pra quem necessita: fé!
Se vai visitar a quem não se visitam: Amor!
E se eu não estiver tomado banho depois das cinco: “Pé!”

É coisa mais linda do mundo
E se o mundo conhecesse Dona Tereza diria: mulher firme de fé!
Do lar mas, nunca se confortou em lá estar:
É o meu amor, minha preocupação e a pessoa mais linda pra “atazanar”
Se eu aprendi o que eu aprendi somente, tenho uma pessoa a reverenciar...
Pra querer e amar.
Com certeza, essa Tereza da praia é pra amar!


César Vasco

Casa na Tundra

O frio chegou e a neblina brilha ar
Quem prendeu o sol da alegria?
Quem soltou a nuvem negra depressiva?
Então, encontrar alegria na chuva fina
Tão tempestade que demora cair... que seja sem fantasias.

Na verdade, o sol queimava na cama e descamou o guarda-roupas
Queimou a televisão e a maneira que a gente se via no espelho
Esquentou o chão da sala e tornou insuportável a cozinha
Fritou a esperança de uma salada e peixe
Deixou-me à mesa com uma cadeira vazia.


César Vasco

quinta-feira, 14 de abril de 2016

E Meu Mundo é Você

Pensar em você, além de dádiva,
É viver mais que as realizações utópicas.
Pensar em você é viver, é acreditar na certeza do amor...
São sinopses programadas a liberação de serotonina
Tão evidentes nos meus sorrisos não programados!


Viver o cotidiano sem compromisso não existe na regra dos nossos dias
Pensar em ti é arrumar o dia com e por você
E se o dia é triste, falta algo em mim
E se o dia é comum, a felicidade está em ti e aqui
Viver sem o fim do dia e da luz da noite do abajur,
É conviver com o cotidiano de idéias não planejadas:
Imagine se não imaginássemos convivermos?
Nem imagine!


Felizes, de uma maneira geral, estamos vivos
Viveremos todas as estações repletos de pretensões e valores.
Pense na felicidade como família pensa em tudo que é familiar e,
Pensar e viver os momentos bons na verdade, é afastar espíritos maus.
Pois, somos a magnitude de amizades eternas e construtivas

“Somos luzes que faíscam no caos”

César Vasco

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A Ruiva

Observando bem, o sol continua o mesmo
Cheio de vontades de rei:
Exuberante, quente e amigo das flores
Observando bem, não perdestes as flores pelo que sei!

Um universo conexo em literatura lírica explode belo
Maduro, esotérico e hindu...
Pequeno e delicioso, pautado universo sem flores
Porém, ruivo e sombreado a olho nu.

Tímido contexto de beleza intelectual
Sorriso de sedução épico em fotografia atual e surreal
Expressão de liberdade perene e fixação de desejo
Arte a se olhar, sensibilidade da pele e sentimento floral.

César Vasco

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Faça-me o Favor...

Num dia inteiro, você já percebeu o que te faz sorrir?
Não vou falar a palavra amor nem dar sermão!
Pela manhã o que te faz dançar?
Nada! Tudo bem, então!

O que te faz argumentar?
A sensação de amizade e a liberdade de se expor,
A tua indignação é colocada em qualquer lugar,
Ou, apenas, nos lugares a favor?

Criatura, existe alguma parte do seu dia pra ser feliz?
Aquele momento do pensamento solto,
Do sorriso espontâneo e imperceptível?
Existe aquele momento a deriva sem porto?

O que faz você?
Quem te faz não tem forma, ângulo, simetria, controvérsia ou cor?
Responda-me: quem e o que te apresenta?
Represente-se por favor, sem falar em valor.


César Vasco

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Forró du Seu Cabral

Perante toda essa peleja
Convido os zamigo a prozear sentado no chão
Falêmo do lado di lá e lado di cá
Mar menino, num puxi faca não!

Puxi mar uma branquinha
Pá nois ficá alegre
Puxi cachaça, cerveja e vinho
Puxi ideia boa e fuja da febre da televisão
Si fô falá na globo, qui cunversi sozinho
Homi, fuja dessa ilusão!

E tá tocano o forró: danosse!
Puxi a morena
Puxi a galega
Puxi o caba
Puxi a caba
Puxi o índxo
Puxi o zé, a Maria, o Luiz, o Inácio, o irmão e o padre
Puxi o corredó, o pastor e toda santidade
Puxi o pobi e o rico
Puxi a di varias casa
Puxi A "Di Uma" casa só
Puxi o Preto e puxi a Branca
Puxi si ingano
Puxi o minino di tamanco
E a minina di sapato.
Puxi o fulano.

Dance inté o suó pingá
Dance e cante forte sua Moral guerrera
Isqueça ar disgraça desse povo na istóra
E lute na terra do Seu Cabral... arrêa...

César Vasco

sábado, 2 de abril de 2016

Ontem e Hoje

Ontem olhei para dentro de mim
Ontem falei do passado
Ontem fui o presente no passado da tua presença em mim
Ontem não fui dormir tão pesado

Ontem me atrapalhei nas palavras.
Mas, ontem chorei verdades
Ontem eu limpei uma sujeira na memória
Ontem matei o monstro da saudade.

Hoje sei que não posso fazer mais nada
Hoje o “ontem” realmente, ficou no passado
Hoje eu fui trabalhar!
Hoje foi meu primeiro dia de um homem inacabado.

Hoje projeto o futuro
Ontem eu não fazia isso
Hoje eu sou menos o eu que fui ontem
Ontem encontrei-me em coragem, sabedoria... juízo!


César Vasco

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Descobriu a Rosa

Descobriu a defesa da flor pela dor
Descobriu a mão para ser delicado
Descobriu que, mesmo assim, estava agredindo
Bebeu o sangue fustigado.

Mas, não desistiu da rosa e resolveu agredir:
Pegou a tesoura e descobriu a soberania
Cortou o talo, limpou-o com uma faca...
Sentiu-se em demasia

Não compreendeu o próprio gesto
Não se arrependeu do ato
Sentiu-se um herói derrotando moinhos
Descobriu a ambição e desguardou-se do fracasso.

Fez isso uma, duas... vinte vezes!
Enrolou o ramalhete e preparou-se burguês:
Cheirando mais que as rosas e enfeitado mais que o buquê.
Em gesto tradicional o entregou a amada e se satisfez.

Mas, não quis ouvi-la
E descobriu a desilusão
Por não entender o motivo dos espinhos na rosa
Hoje cultiva solidão.


César Vasco