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terça-feira, 29 de abril de 2014

O Som da Beleza do Céu

Reverberar a tua palavra bela
Em tons singelos de pinceladas astrais
Fugazes são os idiomas dos teus olhares:
Murais, vitrais... arte bonsai!

Que de alegres sorrisos se esvai
Que de tristes conotações: decepções...
Ora, mal visto, o carinho do moço
Sincero, errante e cheio de intenções.

Dissonar em breve tema teu silêncio lírico
Em foto, em meu olhar, em te amar, somente...
Descrente de outra realidade tão passional,
Sentir-te beleza, assim, como a gente ama-te sempre!


César Vasco

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Flor-Indo

Mas que mundo é esse: paralelo?
Estático mundo de sonhos e dores;
Com flores e sem cheiro;
Com beijos e sem gosto;
Com entrega e sem amores.

Mas que conceitos surreais!?
Inexistentes sentimentos humanos;
Utopia de sentimentos em desejos isolados;
Num tempo onde o tempo tem as suas verdades.
“Saiba que se não existisse conceitos, eu já teria te beijado!”

Mas que conceitos tem esse mundo?
Onde, felicidade se esconde;
O olhar percorre vento...
Na boca vazia de vontades;
Onde a felicidade na palma da mão escorre com o tempo.

Onde está essa Flor de beijos e "Se"?
Se a tua vontade vive em teus olhos fechados ao travesseiro;
Se teu profundo olhar vive calado;
Se teu sorriso não toca a pele da minha íris;
Se esse amor não pode ser falado, acarinhado, malfadado...

Mas que flor?
Melhor que a razão explique os sentidos;
Melhor não demonstrar o amor vivido e sentido;
Melhor não melhorar os conceitos prescritos;
É muito melhor flor, ter-te indo!

César Vasco

terça-feira, 22 de abril de 2014

Epitáfio

Esqueçam de mim as mazelas:
Dores noturnas, dores morais -
Estas mais imponentes que as sentimentais!
Nunca as de amores: estas me alimentam!
Esqueçam-me as dores dos horrores da hipocrisia humana e cega,
A dor da escravidão de uma alma...
As dores da minha boca sem a tua boca, Minha Eva!
As dores de cabeça e do fígado,
Pelo vinho tomado e os versos mal pronunciados.
Esqueçam de mim, mazelas...
Mas, não esqueçam-me, amigos!


César Vasco

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Insano

Admiro a beleza mas, não a venero!
Isto cabe-se a criatividade do ser humano:
Quanto menos criatividade, veneno...
Quanto mais criativo o ser, insano... insano!

César Vasco

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Boa Noite!

A rua à noite, tem um segredo guardado pela a lua!
Quem o sabe curte o fim do dia,
Quem não o conhece, assusta-se à escuridão da rua!

César Vasco

Alma Nua

Sentir por sentir é existir no vazio sombrio!
É Curtir a alegria do sorriso do palhaço,
Chorar em público a emoção do outro,
Cantar a emoção alheia, alheio ao próprio cansaço.

Emoção dada é sentimento descoberto.
Agraciado ou não, sentimento vivo, ora exposto!
É finalizado em abraço ou silêncio,
O beijo molhado no rosto ou um temido soco.

Tratada as emoções ao limo,
Ouço verdades em mentiras ou mentiras verdadeiras e ávidas:
Se o coração é de pedra as palavras são de vidro,
O contrário disso, ainda, destinam-se às lágrimas!

Sorrir é a arte de ser feliz ou inteligente!
Inteligência é encontrar alegria no cotidiano.
Sofrer toda a dor quando necessário,
Entender que a alma mora em cada coração cigano!


César Vasco

terça-feira, 8 de abril de 2014

Sonhos em Pedra-Pomes



Pássaros entre nuvens, passam.
Penso em liberdade às asas que cortam o ar
Penso na liberdade de sonhar voar...
Até o lume de te encontrar!

E passear através dos teus olhares,
Argumentações, pequenas expressões labiais,
Tuas convicções literárias e sentimentais
Sobrevoar o teu “sim” decifrando sinais.

Atravessar tua dança e contigo dançar,
Feito Vênus aproximar a terra do sol,
Feito lua desafiar o guerreiro e o santo
Feito navio atraído pelo farol!

Sentimentalizar arte pelo dom do amor:
Origami em papel jornal
Bocas em beijos cinza cor
Flor em carvão vegetal!

Passear pelo som do teu respirar
Tatear o clímax do teu arrepiar impávido
Caminhar sob nuvens e ser conquistado
Ser bailarina, atriz, cantor e pássaro.

César Vasco