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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Chuva



A chuva da solidão é visceral
Molha a casa de casca e carcaça,
Dura e sem sentidos
Chuva de injustas lembranças,
Renasça sem carapaças.

Saudade é chuva em meu telhado
Molha a consciência com e sem ternura
Escorre da alma em essência pelo foco da vida
Em dor de desventura.

A chuva quando fina,
Maltrata em ardor lentamente,
Abre fendas na solidez do ego
Modificando corações e mentes.

O barulho da chuva no terraço
Assusta, mesmo, as breves lembranças felizes,
Arranca de edificações eternas a tranquilidade do ébrio,
Finca a solidão em sólidas raízes.

A chuva forte manipula qualquer emoção,
Eleva conotações melancólicas aos olhos,
O puro, singular, singelo pranto...
Evidencia o flagelo de sentimentos sórdidos.

César Vasco

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Separação



Meu humor lacrado
Dilacerado coração
Em mágoas e às lágrimas,
Consternação!

Enxergo teu olhar pelas costas
Sincero e decidido olhar
Calçado em passos firmes,
Vejo-te afastar.

Levando minhas alegrias,
Deixando-me mais maduro,
Semeando o ódio dos teus beijos
Sentando-me em muros de orgulho.

Finda a última frase insana:
Não volte!
Depois, na solidão,
Um volte, pensado e entregue a minha sorte...
Ou, em algo que morre!

César Vasco

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Te Chamarei de Carinho



É...
Nessa estrada segura de sentimentos e de incertezas
Te chamarei assim: carinho!
Não por me opor ao teu lindo nome,
Mas, por garantir-te em meu caminho.

Porque sinto-me feliz assim,
Sendo levado por seus braços,
Sendo conduzido, apesar dos percalços
Tendo-te no meu caminho sem fim!

Você é a garantia do meu sorriso
E a certeza do meu abraço ao próximo sozinho
Você, sou eu quando estou ausente de mim.
Entendeu por que você é o meu carinho?

César Vasco