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quarta-feira, 21 de março de 2012

Chuva de Meteoros

Vem cá, assenta aqui tua tristeza.
Quem disse que estrelas não choram?
São as chuvas de meteoros.
Tristes as estrelas brilham mais.
Pode vir sem medo, não fale nada.
Escuta a tua própria agonia em silêncio,
Aceita o meu abraço amigo, pois,
Sei o que você está sentindo,
Sei o que você não quer ouvir...
Então, vem cá!
Deixa eu te mostrar um outro lado,
Deixa eu te fazer sorrir,
Aliviar por um momento sua respiração pesada.
Lembrar que um dia você já foi pedra bruta,
Mostra que hoje você é estrela.
Estrela única num universo glorioso de possibilidades.
Vem cá, despeja sua essência mais linda,
Sei como cuidar de você,
Sei como te acarinhar, então...
Vem cá!

César Vasco

segunda-feira, 19 de março de 2012

Infância

Menino, deixa de molecagem!
Tá todo sujo, imundo...
Larga essa bola, limpa as calças e corre pro banho.
A sandália ‘vadêia’ e aí o coro esquenta
Corre, menino... corre e limpa essa ‘venta’,
Nem curou o resfriado e já corre ‘aperriado’.
Toma banho quente e limpa essas ‘orêias’...
Num sabe que tem que ir pra mesa na hora da oração
Então, corre, safado... Toma teu banho e vem sentar com teus irmãos!

César Vasco

sexta-feira, 16 de março de 2012

Linda Negra Oriental

Oriente-se ao acaso de um sorriso preto
Oriente seus pensamentos e sentimentos
Veja suas imitações orientais
E pergunte-se se suas digitais são, realmente, reais.

Veja com olhos pequeninos
Veja a cor do teu íntimo
Como brasileiro é sorriso
Veja e queira sentir meu mimo

Oriental é o país que te faz cabelos
Oriental é o País que me faz olhar teus olhos
De pele ocidental excitando minha condição emocional
Teu sorriso me faz passional.

Linda, linda oriental
De pele negra e beleza surreal
Linda tu és, Kamila!
Linda em minha amiga vida... Linda!

César Vasco

Assim Disse o Meu Coração

O que mais sinto falta do ano que passou é um “feedback” das minhas emoções. Sinto falta da maneira estranha e esdrúxula das pessoas que convivi no ano que passou. Sinto a ausência do olhar lírico da discussão contextual e inteligente desse mundo surreal que inventamos a cada dia. Tenho saudades de personagens que conheci no ano que passou e que transformei em flores para não me sentir sozinho num jardim que criei e o denominei de meu País. Sinto falta da musicalidade que invadia a minha mais alegre cidade, fazendo-me esquecer da minha própria idade, tirando-me desta realidade fria e credora de razão, onde, o olhar mais profissional identificava o chão e o pisar de um “Lampião”; que, em fuga, representa a falta da minha própria consciência. Sinto falta da paz que aqueles abraços me traziam, hoje, apenas saudade que me faz. Sinto falta do grito feliz de “Imperador e Imperatriz” que nos corredores sempre ecoou. Nossa... Como sinto falta do ano que passou!

César Vasco

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Muro

Nos muros as tintas revelam cores de uma cidade também habitada por "Mouros". Os muros são sumos de liberdade e democracia angustiante. São mundos de olhos verdejantes e sinopses de acidentes de emoções. São razões, ilusões e o clamor de varias orações. Os muros são de concreto como concretas são suas paixões!
Nos muros da cidade; em verdade, visceral e abstrata, como dilema sem fonema que os olhos aguçados escutam o tema da solidão. Textura e leitura da alma do surdo e do mudo que, cego, não percebe a alegria da poesia, e prefere o imundo do próprio mundo que se sujeita, expressando um simples rabisco da sua essência decadente num muro. O Muro respira as agonias e alegrias das almas, deste, e de um outro mundo.

César Vasco

sexta-feira, 2 de março de 2012

Você

Minha voz mais sussurrante
Meu olhar iluminado
Meu caminhar no carvalho
Meu objeto cativante

Meu amor cativado
Meu amor distante
Para sempre desejado
Para sempre em tudo que eu cante.

Meu medo
Minha alegria de sorrir
Minha lágrima
Minha garganta travada

Único sentido dos dias
Visão do meu futuro
Meu amor...
Em toda minha cor.

César Vasco