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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lágrima de Saudade

Lágrimas salgadas!
Como salgadas são as ondas...
Com sal de saudade: lágrimas!

Lágrimas e saudades.
De mar de solidão em pensamento
Que sentimento é esse, saudade?
Que semeia o dom em vê-la: vontade!
Exprimindo do ser toda verdade,
Em tudo beleza... Vaidade!
Como se pudesse escrever tudo numa página
Resumir a lógica e a saudade numa lágrima!

César Vasco

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Estrelas Cadentes

A tela em azul-turquesa
E pontos brancos salpicados
Uma esfera brilhante no quadro
Ainda inacabado.

E eu admirado
Contemplando a execução da obra
Sobre a areia menos branca
Iluminado pela esfera frondosa.

Traços do artista começam a cruzar a tela
Um, dois e outros mais...
Pedras sendo lançadas riscando a tela
Nunca havia visto algo tão lindo... jamais!

Pedras brilhantes
Anunciadas por uma pedra
E eu sobre a areia:
A tela, a pedra na praia,
Na companhia de uma sereia.

César Vasco

sábado, 10 de dezembro de 2011

Meus Olhos, Óculos e Os Binóculos.

Coloquei meus óculos e enxerguei melhor.
Enxerguei melhor as cores e os movimentos da natureza
As letras dos jornais e as figuras das revistas
Como é bom melhorar a vista!
Olhar o mundo com mais clareza e de tudo ter mais certeza!

Com meus óculos olhei num binóculo o futuro
Que mora no prédio em frente a minha casa
Ela, tão Linda e pálida, enxerguei um ser maduro.
Observei sua silhueta sem poder fazer nada
Olhei para o meu futuro!

E já ao lado do meu futuro,
De óculos posicionei um telescópio ao céu
Enxerguei o ‘Mar da Tranquilidade’
Uma rachadura na lua que mais parece um véu
E ela, pálida, também olhou sem óculos,
Ela o meu presente!
Respirou forte sentindo o que eu sentia,
Meus olhos de óculos e meu futuro à frente! 

César Vasco

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Os Loucos!

Arriscamos nosso amor próprio pelo amor dos outros,
Rimos, cantamos, dançamos, discutimos e brigamos
Sendo nós mesmos e sendo o outro!
De olhos fechados entramos num jogo sem ganhos,
Somos loucos ou não somos?
Correndo atrás da felicidade e esquecendo que ela já é o caminho,
Felicidade que teremos, temos e felizes como fomos...
Na vida nada é tão certinho!
E ai... Somos loucos ou não somos?

César Vasco

P.S.: Para a 'Louca do Bem'... Louca Bel!

Amigos e Irmãos

Amigos são irmãos?
Bom, os meus irmãos não são...
Ou será que são e eu não os enxergo!
Cego eu não sou com meus amigos
Que são meus irmãos:
Antônios, Paulos e Guilhermes,
Esses eu sei que são!
Meus amigos-irmãos
Que o tempo me apresentou sem danos
Diferentes no sangue...
Ou com o mesmo sangue de ‘Mano'.

César Vasco

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Apegar-se

Antes não entendia a passagem de uma folha
Hoje compreendo o vento que a soprou
Assim como não entendia janelas abertas
Hoje entendo a pessoa que as fechou

Em busca de um futuro menos sóbrio
Com menos frio de cidade, mais bucólico.
O passado me serve de bússola
Norteando-me num presente melancólico.

E as pessoas que ficaram pra trás
Estão atrás das janelas fechadas
Receberam a brisa que levou a folha
Deixaram com hipocrisia minha história manchada.

Antes não me entendia
E nem procurava entender a pessoa certa
Só sabia que deveria ser feliz.
Hoje entendo porque deixo minha janela aberta.

César Vasco