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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Meu Medo

Meu medo não está mim
Meu medo está em ti
Pois, temo que não me ame
E que, sabendo que eu te amo,
Não me entendas, e no meu peito cause algum dano.

Meu medo mora em teus sentimentos
Meu medo mora no teu olhar, a mim, de amigo.
Meu medo é que me digas que não sou eu
O que saibas quem eu sou
E queira-me, apenas, como um travesseiro teu

Tenho medo que me diga que me ama
Não do jeito que digo que te amo
De modo carinhoso demais
Sem malícia, sem desejo ou sinais
Ou que me diga que não me amará jamais!

Meu medo mora no teu coração
E que encontre dentro dele outro amor
Um amor que te faça sonhar   
Que perturbe a razão fazendo-te pirar
Fazendo-te sofrer por se apaixonar.

Meu medo são suas observações
O efeito doloroso da tua admiração por mim
O total respeito a minha experiência
Meu medo é que o que sinto por você
Faça-te não mais querer minha presença.  

Meu medo sou eu
Tenho medo do meu peito
Tenho medo do que vem pro meu coração
Do que diz o teu sorriso... a tua respiração
Tenho medo porque te amo,
Porque sei que não estou agindo pela razão
Tenho medo do que sou por ti: pura emoção!

Meu medo são suas palavras
E a possível desilusão nelas contida
Então, volto ao medo cômodo
Sem conversa; eu, mudo
Buscando amor no silêncio; eu, escondido.

Por: Patrícia Fernandes e
       César Vasco

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