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quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Vento e o Mar

Não diga nada ao vento
Ele é meu confidente
Diga o que tens a dizer ao mar
Ele saberá guardar o que tens a falar
E, certamente, não irá me contar
Pois, para o mar, nem consigo olhar
Acho que nem escutá-lo eu posso
Nem, a ele, me expressar.

O mar me lembra você
A beleza no bailar das ondas
Lembra-me teus gostos que também são meus
Lembra-me o quanto somos parecidos
E o quanto fomos decididos

Converse com o mar!
Este nunca te deixará a esperar
Dará as respostas para o que queres
Será teu confidente
Fazendo-te contente e resistente... Consistente!
Como o vento me faz
Trazendo-te o amor pela cantiga do violeiro
E a sensibilidade metódica do pianista
A lembrança de mim por inteiro.

Não queira relatar ao vento mais do que ele sabe
Ou o que ele possa me trazer
Aquilo que, para mim, você não quer dizer
O que está em sua boca fechada
Nas tuas mãos amarradas
Na tristeza do teu olhar
De cabeça baixa sentada na escada
No mistério do teu pensar

Relate seus pensamentos ao mar
Ele com todo seu saber irá te entender
E te indicará o caminho para o sossego
Acabará com o teu sofrer
Será o teu alento, tua força e teu sustento
E quando já não tiver o que, a ele, falar
Permita-o abraçar-te...
Não hesite em mergulhar no mar
Desta forma entenderá as minhas alegrias
E o porque de eu não mais conseguir olhar o mar
O motivo que me faz te escrever
Aquilo que você quer, de mim, ler...
O que sempre digo ao vento:
Que nada é mais importante que ser teu e, em ti, viver.

César Vasco

sábado, 16 de julho de 2011

Mavi

Mal vi que eras tu
E os óculos eram teus, não meus
Às vistas teu sorriso, tímido
Ai meu Deus...
Grande e tão pequena
Inteligente, que quer ser cantora ou sonho de cantora;
Sobrinha de cantora... Cantora!
Cantando a alegria da tristeza de ser desastrada;
De ter dores na coluna e ser divertida;
Diferente como a bailarina de Chico...
Gente!
E eu nem vi!
Não vi assim...
Vi pelo Ray-Ban além, eu vi!
A vi feliz e chamei de Mavi.

César Vasco

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Contente

Padeço de serenidade
E padeço de racionalidade;
Assim, padeço de seriedade...
Maturidade!
Ótimo...
Não padeço de liberdade.

César Vasco

Sempre com você

Hoje não saí de casa pra ver o mar
Fiquei tentando curtir a solidão
Que não me bastava o som da televisão
Abri um livro sobre a paixão

Hoje não saí de casa pra ver o sol
Fiquei tentando curtir o vazio
Que me bastava estar sozinho
E na janela: um pássaro em seu ninho

Hoje não saí de casa
Mas meus pensamentos correram páginas
E minha imaginação... Passarinho.
Visitou salas e corações
E, como de costume, chorou emoções.

Hoje não saí de casa pra te encontrar
Passei o dia pensando em ti
Não estava sozinho
Tenho a companhia de um pássaro em seu ninho
E todo meu amor por ti, guardado naquele cantinho.

César Vasco

Perda dos Sentidos

Acreditar no impossível, às vezes, é perpetuar a dor
E o que distingue o possível do sonho, às vezes, não é o desejo
Porém, pior é saber que a Nau de suas emoções ruma para o desconhecido
E, sem a certeza do retorno, o impossível transforma-se em desespero.

Aquele que, em vão, alimenta tentar entender além de seu íntimo
Agora luta contra si mesmo procurando entender-se
Não enxerga a verdade tão clara à frente
Mergulha na mentira criada em demasia e sem prumo
E não entende mais nada, nem mesmo o que sente.

Sente culpa e se culpa
Sente raiva de si e se culpa
Torna-se refém de seus delírios
Age como ator mascarando sua tristeza
E, sem culpa, adormece os sonhos
Enxergando a verdade clara, e toda sua destreza.

E o tempo corta o cotidiano como o punhal ao papel
Tornando-o figura de sua própria agonia
Que, sem fôlego, se vê perdido em sua maior batalha
Organizando os mortos de sua própria morada
No interior de uma alma, por dor e culpa, já devastada.

Agora, acreditar no impossível é viver a mentira
É entender como perda de liberdade emocional;
Como perda do único porto seguro: a razão!
Encontra-se impetuoso e incoerente
Vê-se um objeto no universo sem deixar de ser gente.

E quando essa mentira se vai
E a verdade apresenta-se Punhal
O ser, abatido, chora...
Sente que perdeu o impossível para acreditar, admirar ou amar.
Já não se sente confortável no novo cenário
E se afasta do convívio, conversas...  Afasta-se do lugar.

A mentira é a poesia e o ser poeta
A mentira é não ser romântico
É esquecer a essência do eu vivo
Não sou poeta na mentira...
Mentira de ser quem não sou ou na mentira que cultivo.

César Vasco

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pessoas que amo

Todo jardim só é belo pelo brilho das flores e o "esmeralda" do verde.
O jardim mais belo que vejo e respiro é o jardim das almas que tenho o privilégio de passear...
Cuido bem do meu jardim!

César Vasco

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sou Assim

É mantendo-me longe de você que consigo respirar
Todas as nossas lembranças correm vivas na minha mente
Sem metáforas passam os meus dias sem te esperar
E um novo mundo nasce a minha frente

O silêncio à tua presença representa o reflexo do meu ser
Como um escudo barrando um sentimento sofrido
O remédio combatendo os sintomas de uma doença
O peso de papel permanentemente em cima do nosso livro lido

E é desse jeito que consigo seguir
Mudando a trajetória dos meus atos e pensamentos
Vivendo o possível sem a vida pedir.
Sem perceber o passar das horas vou perdendo o momento.

Feliz, nem sempre!
Talvez nos momentos de televisão
Felicidade tornou-se momentânea
Momento da vida sem perdão.

César Vasco

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tuas lágrimas em mim

Não sei se provoquei tuas lágrimas
Ou se de lágrimas são os teus dias
No entanto, sei que tenho que te ajudar
Escutar-te e te compreender
Mas não sei como fazer.

Entendo tuas lágrimas
Mas não entendo o momento delas virem
Estou dentro de ti
Como num quarto fechado para o mundo
Observando teus sentimentos e tormentos
Vendo como é tão frágil o ser tão puro

E com as mãos e pensamentos atados
Não consigo te ajudar
Tua alma grita e tua boca silencia
Teus olhos umedecidos rasgam meu peito
 E nesse momento nada do que eu diga pode dar jeito

Ofereço o ombro e um abraço
Tentando te proteger da agonia
Agonia esta que vejo dentro de ti
Vejo, e desarmado faço-me um defensor
De rosas em punho esperando que olhes pra mim.

Sou teu canto de descanso
Teu peito alegre e passional
Sou o teu Dom Quixote de La Mancha
Teu mais sincero ouvinte e conselheiro
Sou teu sorriso, teu suspirar e o teu companheiro
Sou tua sensibilidade e o teu amor mais verdadeiro.

César Vasco

Razão

Saber o que dizer, às vezes, não sei.
Fico parado te olhando brilhar
Viajando num mundo de sons
Contemplando tua beleza ao falar

O que realmente quero, a ti, dizer é simples
Uma frase curta que cala a todos quando dita
Um ou dois segundos sem limites
A mais pura certeza na loucura paga à vista

Hoje reparei que nunca digo o que sinto
Com medo de não ser compreendido
Mas, que louco isto!
Tenho medo do que estou sentindo

Covarde pode ser minha razão
Que se esconde em frases confusas e sem emoção
Mas me contento em ouvir meu interior
Quando grita: te amo! O meu coração.

César Vasco

Minhas Lembranças

Onde depositar o pensamento?
O que ganhar ou o que perder
Quando a atenção, por um momento,
Estará voltada a você?

Perderia horas por um único pensamento
Ganharia tempo para te mostrar o amor
E sem piedade deixaria fluir o sentimento
Tendo calma e doçura para te afastar da dor.

E somente em ti pensaria
Como cão pensa em passeio
Sem metáforas, pensaria!
Como mãe acolhendo seu filho em seu seio.

Deposito meu pensamento em ti
Sorrindo ou chorando
Lendo e sonhando
Deliciando-me em lembranças que contigo vivi.

César Vasco

domingo, 3 de julho de 2011

Esquinas

Em meu trajeto observo as ruas e seus carros
Observo pessoas e pensamentos
Árvores abrigando pássaros
A vida em pleno movimento

Tudo a minha volta respira
Segue em frente e dobra a esquina
Aliás, preciso encontrar uma esquina na vida
E mudar o trajeto contrariando minha sina

Observo o vazio nos olhares
As testas franzidas pelo atraso
As cores mudando com os lugares
Os desencontros e os encontros por acaso

Entro numa rua larga de casas pequenas
Poucas pessoas transitam devagar
E apenas um sorriso na primeira esquina
Uma linda mulher a me esperar

E todo trajeto perde, numa esquina, o sentido
Todas as pessoas vazias somem
Os carros, agora, passam desapercebidos
Quanto em te encontrar, o teu olhar e o teu sorriso me consomem?

César Vasco

sábado, 2 de julho de 2011

O Meu Avatar

Exponho-me tanto pelos sentimentos
Que fico preocupado ao me expressar
Não gosto de usar máscaras
Acho que preciso de um Avatar!
Mas que ridículo pensar
Eu já tenho um Avatar
Um verdadeiro Avatar de sentimentos
Um belo Avatar pro meus momentos de alegria
Melhor se tivesse nome de Ana
Que é linda e delicada
Um Avatar de alma
Avatar de alma Clara.

César Vasco

Para as pessoas “Daquele Lugar”

Amo ter que sair de casa pra trabalhar
Mesmo que de sono eu possa parar
Não paro de amar as pessoas daquele lugar
E quando estou lá
Sei o que vou encontrar
Vou encontrar as melhores pessoas passando...
Passando; loucamente, sorrindo ou chorando
E é por eles que vou estar
É nesses momentos que, de mim, vão lembrar
Pra pedir, à sala, entrar...
Pra mandar estudar,
Pra no momento certo ouvir e conversar
Pra ser amigo e “tio” daquele lugar
Pra nas quintas cantar e ouvir cantar
Pra com eles aprender...
Que na vida pra ser gente grande, primeiro é preciso sonhar.
E é por isso que é tão bom, com eles, conviver e trabalhar.

César Vasco

Longe

Longe de mim quando penso em ti
Muito longe de ti quando estou só
E, quando só, estou contigo em pensamento
Vivendo, morrendo ou sem discernimento
Estou longe de ti e de mim em vários momentos

As pessoas gritam chamando a minha atenção
As pessoas, em libras, se revoltam em críticas
Sem repostas dos meus olhos e boca
Vão embora enraivecidas e soltas
Vão sem saber se estou louco e se deixaram de serem loucas

Longe, muito longe do meu íntimo
Encontro tuas verdades e medos
Encontro meus medos e outros sentimentos
Num baú de retalhos de frases e olhares
Que foram retirados de nossos sorrisos e sofrimentos
De onde não estivemos ou de onde valeram os momentos

Perto demais do meu egoísmo
Tendo não atingir você
Aliás, tendo não te enxergar
Tento, mas não consigo fazer
Meu pensamento é em ti chegar
Mesmo longe de ti não querendo ficar

E se muito longe eu me encontrar
Mesmo perto do meu ostracismo social
Estarei mais perto da minha alegria
Estarei realizando minhas fantasias
Estarei pensando em você...
Estarei inundado de sonhos, letras e harmonia.

César Vasco

sexta-feira, 1 de julho de 2011

The End


Então, cheguei ao fim...
Joguei a toalha!
Fiz porque é o teu bem o que eu sempre quis
Não sou canalha
Sou o que, verdadeiramente, te ama
Sem egoísmo e sem pieguice
Sem você sou mais que triste
Sou filme sem ação... sem emoção
Sou o vento frio na epiderme do romântico coberto de razão
Faço isso com meu rosto, por lágrimas, molhado.
Pois, sei  que falta algo em mim se você não está a meu lado.

César Vasco

Meu Medo

Meu medo não está mim
Meu medo está em ti
Pois, temo que não me ame
E que, sabendo que eu te amo,
Não me entendas, e no meu peito cause algum dano.

Meu medo mora em teus sentimentos
Meu medo mora no teu olhar, a mim, de amigo.
Meu medo é que me digas que não sou eu
O que saibas quem eu sou
E queira-me, apenas, como um travesseiro teu

Tenho medo que me diga que me ama
Não do jeito que digo que te amo
De modo carinhoso demais
Sem malícia, sem desejo ou sinais
Ou que me diga que não me amará jamais!

Meu medo mora no teu coração
E que encontre dentro dele outro amor
Um amor que te faça sonhar   
Que perturbe a razão fazendo-te pirar
Fazendo-te sofrer por se apaixonar.

Meu medo são suas observações
O efeito doloroso da tua admiração por mim
O total respeito a minha experiência
Meu medo é que o que sinto por você
Faça-te não mais querer minha presença.  

Meu medo sou eu
Tenho medo do meu peito
Tenho medo do que vem pro meu coração
Do que diz o teu sorriso... a tua respiração
Tenho medo porque te amo,
Porque sei que não estou agindo pela razão
Tenho medo do que sou por ti: pura emoção!

Meu medo são suas palavras
E a possível desilusão nelas contida
Então, volto ao medo cômodo
Sem conversa; eu, mudo
Buscando amor no silêncio; eu, escondido.

Por: Patrícia Fernandes e
       César Vasco

Errei

Eu errei com você
Tentei te dizer que estava com medo
E por medo fui egoísta
Fui atrás de segurança e te perdi muito cedo

“Devoto a você meu amor eterno”
Esta tua frase é gritada por minha alma
E meu peito dói com o arrependimento meu
De ter te traído, de não ter te entendido.

Não sei como me chegar a ti
Nem sei como fazer-te acreditar em mim
Mas olha, te amo...
Não com o amor que me deste,
Este é meu, apenas!
Amo-te com minhas lágrimas soltas num oceano...

César Vasco