Tão perto encontro o seu olhar
E quão franzida a minha testa para ler o seu coração
Suas mãos em seus cabelos tentando me atordoar
Não me distraem, e conto seus passos lunares até a minha voz
Sob o sol ouço seus sentimentos como canção
Um satélite capitando dúvidas e transmitindo razões
Não sei quem é sombra e luz nesse eclipse de emoções
Sinto o seu medo de caminhar
E em silêncio coloco-me a te apoiar
São passos pequenos e necessários
Seus passos até a beira de um extenso lago de palavras ao luar
Andar, andar até o mar de si própria
Aprendendo a equacionar a tal inteligência emocional
Percorrendo corredores de sensações no silêncio interior
Sentindo confiança ante as incertezas... superioridade!
E ali ao seu lado, lealdade!
Vendo-a sorrir, chorar pra viver
E eu ali a ouvi-la caminhar até o sol
Interpretar como é bom passar por tormentas... e caminhar
Não desistir frente as adversidades do lar
Atormentar seu irmão e ama-lo
Caminhar na fita esticada por lágrimas, quadras e asma
E eu ali impávido!
Observando seus deslizes e os seguros passos
Mostrando os atalhos dos percursos da desafiadora juventude
A amplitude das atitudes da Lua
Sentado sob seu olhar, te vendo sonhar... solar!
Crescendo a cada passo lunar.
César Vasco