O horizonte dela sonhou!
Ponderou o universo que habita em cada um
Um por um ela analisou os seus olhares:
Do coração e o olhar racional
O universo racional colocou em xeque seu olhar lírico,
por um momento
Já o universo romântico nem se importou com esse
movimento
Pensou na existência de múltiplos olhares: ricos, pobres,
tristes ou felizes...
Enigmáticos olhares...
Sentiu-se livre!
Pediu em seu universo que o sol fosse sua testemunha
O mar aprovou
Banhou-se em questionamentos naturais de sereia
Caminhou à praia do existencialismo
Descobriu-se romântica.
Provocou seu ser e afundou em diálogos
Percorreu corredores entre loucos e sóbrios
Tão pouco os distinguiu e nem se importou
Cortou as amarras tradicionais do racional e do lírico
como a tanto queria
Surfou na pedra da filosofia achando-se Sofia
Enxergou o próprio horizonte e o indagou:
O que encontrou nos meus sonhos?
O que devo esperar do universo dos outros?
Seu horizonte chorou e depois sorriu:
- Em sua mente, somente o amor!
César Vasco