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terça-feira, 22 de março de 2016

Inspiração

Foi você sim!
E só poderia ter sido você a me ensinar a viver
Compreender o lado diferente das mentes
Aceitar o sim e o não e a me comprometer.

E você é a minha melhor inspiração!
O mundo não seria o mesmo sem o seu olhar oceânico
O meu mundo não seria uma literatura eclética sem você
O meu racional não seria romântico

Sem você eu não entenderia a minha proposta de vida
As líricas congruências e as crônicas tragédias das discordâncias
A raiva por estar certo
O alívio por ter cometido um erro e admitir.
Discernir as mudas reações do universo.

Foi você quem clareou o caminho para o saber
Colocou em mim a certeza que não sabemos nada sobre nada
Que tudo que a gente imagina saber é para, apenas, viver bem!
Como contorcionista nos labirintos de uma rotina malandra,
Moldou em mim uma inteligência emocional com “cólera zen”

Se amar é viver então, é sobre você a sábia melodia de todo amanhecer.
A razão dos uivos do vento a me soprar essa verdade pelas esquinas por onde eu passo.
Se amar é viver então, cada dia é celebrado, por esta melodia, o aniversário do saber,
Minha melhor inspiração de vida.



César Vasco

quinta-feira, 10 de março de 2016

Nostalgias

Nem sei se é tão bom respirar nostalgia
Nem sei se é tão inteligente manipular a magia do tempo
Mesmo olhando o espelho e perceber que não há fantasia,
Não sei se é bom respirar nostalgia.

O gosto é muito bom e a dor é presente sempre
A dor: tempero perfeito da nostalgia boa
De tão gostoso é viver nostálgico que esqueço o presente
A dor do amanhecer corre nuvens... voa!

O amor?
Em tudo está presente em meu passado
Nem tudo é dor, simplesmente,
Verdadeiramente, amei e fui amado.

Volte aqui, passado.
Volte, seu miserável e nostálgico mágico
Diga-me se é bom respirar seu perfume
E, por favor, reafirme que o futuro será de amores menos trágicos.

Aquele que conhece o próprio passado
Nem sempre sabe o que fazer no amanhecer dos dias
Mas, sabe degustar os sentidos saudosos com insanidade
E sorrir de verdade ao reviver nostalgias.


César Vasco

domingo, 6 de março de 2016

Viva a luz, se há

Viva toda expressão artística
Viva o artista em sua excelência
A existência de crítica, viva!
Viva os pés descalços e as sapatilhas da bailarina

A mão em concha da violinista
O dedinho erguido simbolizando harmonia
Viva a literatura de todo olhar absoluto
E a poesia do mesmo olhar lírico, viva.

Viva uma linda história sem melodia
Viva a linda música de uma nota sozinha
Pela noite: coração em palavras
Na mente, melodia de toda uma vida: pelo dia!

O espírito d’água do tocador
E o escorpião na razão das emoções musicadas a mão
Viva a linda conjuntura de sensações
Um escorpião sob águas sem solidão.

Na escuridão do amanhã
Nasça a vontade de dançar, tocar... nunca de cantar
Como amo a luz, se há...
Como a luz simplória de um poeta a me notar. (Encantar e amar)


César Vasco