Repentinamente, o céu me olhou!
Justo naquele momento em que fechei minha alma
Fechei minhas palavras ao sol e ao luar
O céu me percebeu distraído
Como estrelas distraídas a brilhar
Um véu curto como cabelos noturnos
O olhar da lua era cheia...
Cheio de carinhos e afagos
O olhar do céu, meu ser, clareia
E, repentinamente, sinto um arrepio
Um sopro leve da bruma noturna
Vindo de curtos fios da brisa fria
Ergo o olhar e recebo ternura
O olhar enigmático do céu
Revela a alegria num ser moribundo
Revela a beleza de um sorriso desenhado por estrelas
Choca um coração errante, porém, vagabundo.
César Vasco