Não vá mas, diga-me adeus!
Bem melhor saber que você, aqui
estará, amanhã.
Bem melhor que perder a sua alegria de
manhã.
Mesmo lembrando do seu, leviano, adeus.
Se queres ir, por favor, não vá...
Nem se a vida acabar,
A noite terminar,
Ou, se não amanhecer!
Crescer longe dos teus defeitos é me
tornar imperfeito!
É perder o jeito de querer ser feliz,
É brigar com a vontade única de
sorrir com o mundo,
É ser profano e imundo!
Não, não vá!
Não deixe em nós o tormento da boa
saudade
Mude o seu penteado mas, não mude de
cidade.
Não faça dessa decisão a suma
verdade,
Mude este fato,
Respire o nosso mundo de agora...
E não saia do meu lado.
Não...
Desculpe-me o egoísmo.
A sua felicidade é a minha alegria,
É meu sentimento mais nobre.
Desculpe-me querer prender-te a nós.
Nós, os amigos, te amamos!
Desculpe-me ser exagerado e lírico.
Assim, como se sem ti ao meu lado eu
não sobreviveria...
(Na verdade eu nem existiria).
Mas, se for pra te ver sorrir, te deixo
partir.
Mesmo com o meu peito doendo pela
melancolia que não findará.
Vá ao encontro de você mesmo!
Mas, quando for, não olhe para trás.
Caminhe em linha reta para o seu
futuro.
E não volte,
Nem mesmo se eu gritar: Não vá!
César Vasco
César Vasco