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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Não Vá!

Não vá mas, diga-me adeus!
Bem melhor saber que você, aqui estará, amanhã.
Bem melhor que perder a sua alegria de manhã.
Mesmo lembrando do seu, leviano, adeus.

Se queres ir, por favor, não vá...
Nem se a vida acabar,
A noite terminar,
Ou, se não amanhecer!
Crescer longe dos teus defeitos é me tornar imperfeito!
É perder o jeito de querer ser feliz,
É brigar com a vontade única de sorrir com o mundo,
É ser profano e imundo!
Não, não vá!
Não deixe em nós o tormento da boa saudade
Mude o seu penteado mas, não mude de cidade.
Não faça dessa decisão a suma verdade,
Mude este fato,
Respire o nosso mundo de agora...
E não saia do meu lado.

Não...
Desculpe-me o egoísmo.
A sua felicidade é a minha alegria,
É meu sentimento mais nobre.
Desculpe-me querer prender-te a nós.
Nós, os amigos, te amamos!
Desculpe-me ser exagerado e lírico.
Assim, como se sem ti ao meu lado eu não sobreviveria...
(Na verdade eu nem existiria).
Mas, se for pra te ver sorrir, te deixo partir.
Mesmo com o meu peito doendo pela melancolia que não findará.
Vá ao encontro de você mesmo!
Mas, quando for, não olhe para trás.
Caminhe em linha reta para o seu futuro.
E não volte,
Nem mesmo se eu gritar: Não vá!

César Vasco