Alguém achou que a poesia era pra si,
Mas não era!
Ou, nunca foi exatamente tão determinada a ela!
Pessoa a quem dediquei a poesia,
Que fiz uma poesia tão precisa no formão,
Tão exata de sentimentos no espelho,
Poesia concebida toda pelo coração...
Fiz uma poesia visceral na minha
realidade,
E ela encontrou tanta verdade que achou que
era dela,
A poesia da emoção.
Perdi a noção quando li, naqueles olhos,
toda sua satisfação.
Juro... não tive coragem de dizer não!
Dizer que a poesia tão inundada dos meus
sentimentos à outra,
Não... não era dela!
E temendo deparar-me com seus olhos em
sofrimento,
Calei-me em sorriso solene,
E deixei-a sorrir, em lírica, todo esse
momento.
Percebi a congruência de sentimentos,
A ausência de maldade humana,
Até uma falta de discernimento,
Pois, certo de que não era dela,
A poesia descrita.
Experimentei dela, pura alegria.
E a sinceridade no abraço
Dessa pessoa que sorria e vivia
Essa poesia que nem sei se era eu quem a escrevia!
César Vasco