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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Um Pé de Quê

Nem o pé...
Pé de que mesmo?
Nem vi nem senti o aroma
Nem sei a cor
Ao menos o sabor.

Sei que irmana de pedras e flores
Mas desse pé não conheço a flor

Imaginava um miúdo pé
E me surpreendi pelos arbustos
Atributos embaixo dos pés.

E admirado pensei:
Que árvore alta e linda
Mas não era a árvore era seu fruto
De pele morena à aurora...
Como Amora.

Como o gosto não se vê,
Como crê no sabor que não sentiu?
E se nem vista a forma nem a flor,
Como saber se não mentiu?
Como não admirar o amor?

Amor a flor,
Amor a Pedra,
Amor a fruta!
Se olhos e expressões tivesse,
O lindo fruto daquela muda.

E visto a fruta
Frondosa e pequena
Morena com seus atributos aflora,
Um pé curto ou miúdo
Um pé de Amora!

César Vasco

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que sei da vida


Não sei muito, não!
Não sobrevivi a ela
O que eu vi é que, sobre a vida,
Algo se supera,
Mas não sei o que é, nem como.
Não a vi passar em minha janela.

Sobre a vida
Vi o que se sobra dela
Sempre tive contato com isso
A vida com sobrevida, sobrevivendo a ela!
E quem nunca passou por isto?
Quem nunca a encarou com mazela?

A vida sob minha óptica:
Escura música em disco arranhado.
Resistindo ao tempo vivido,
Revivendo de pesadelos o passado
Mesmo sentimento; outrora, sentindo,
Sobre a vida nem sei se algum dia fui amado.

César Vasco

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Maria e Rita

Ela já era garota
E eu era menino
Entre nós o amor
Feliz família em trilha sina
Eu um pequeno grão de sujeito
Ela meu abraço de prima: Rita

Minha família e uma viagem
Minha mãe devota e juazeiro
Partem sem cruzeiro
E eu pra casa de minha linda Tia
Nos braços de Rita
Cercado do carinho na casa de Maria e de Rita

Poucos anos eu tinha
Nem sabia que se contavam os anos
Eu tinha o carinho e a atenção dos anjos
Eu, simplesmente, vivia a felicidade!
Eu era feliz com poucos anos,
Acalantado por minha Tia e pela prima em irmandade.

Este é um poema pra você, Rita!
Este é um poema para a minha prima querida.
Para minha linda Tia e sua família.
Para nossa família, Rita,
E o céu é cada dia mais lindo
Celebrando o que entendemos por vida.

Tia Maria, Rita ou Maria Rita,
Meu caminho existe por lembranças
E meu coração é alegre de lembranças
Meu coração é tudo que me faz vida
Nunca esquecerei o que aprendi, Tia...
Pois, meu coração se aperta do mesmo jeito do abraço de Rita!

Lembra-se de juazeiro?
Lembro-me do retorno da minha família,
Ao portão da morada na Pajuçara:
Eu nos braços de Rita comendo bolacha (Maria)
Minha Mãe e Rosa chegando...
Eu, nos braços de Santina e Rita, alegrando-me com o dia!

César Vasco

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Melancolia

Envolvi-me em luz de saudade pra entender a poesia da solidão.
Percebi o vazio da escuridão quando enxerguei teus olhos, a mim, fechados.
Cai em melodias que me abriram a alma
Pela angustia da saudade,
De uma poesia que nunca entendi
Mas que a vesti sob luz e solidão,
Luz que meus olhos nunca ousaram refletir.

César Vasco

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Brega

Sou inteiramente a favor das paixões!
Daquelas que devastam a consciência
Que reviram a vida da gente
Que distorcem as emoções
Brincando com a razão
Como se razão não houvesse.

Sou inteiramente a favor das paixões!
Como se o mundo agitado parasse num cafezinho
E o clamor das pessoas não valesse à pena!
A vida não é novela pra tanta cena
Não sou feito todo de carinho.

Sou inteiramente a favor das paixões...
Pois, sou todo errado!
Gosto dos teus defeitos, mulher!
Dos teus trejeitos, sou todo ‘arriado’.
Vivo as paixões, pois sou louco mesmo.
Sou inteiramente a favor das paixões,
Pois não sei viver se não for por declarações a ti: Todo apaixonado!
Não sei viver se não for por você e ao teu lado!

César Vasco

Meu Caminho

Disciplinador.
Está é minha função!
Educador, ser ouvidor e dissertador da vida.
Entender a arte de dizer sim para dizer não
Ser flexível e senhor da função.
Não ser o aluno nem querer almejar o magistério
Ser aluno dos mais velhos
E direcionador para os mais novos.
Aprender com os alunos
E ensinar os regentes de mesmo solo,
Ser amigo...
Amigo, mesmo visto por inimigo,
Ser amigo e aconselhador
Afagando a dor
Aconselhar a suplantar a dor:
Ensinar a conviver com o mundo
Disciplinar a alegria e mostrar que existe dor
Ser aconselhador!
Meu nome é César,
E eu sou um Disciplinador.

César Vasco

Luz Branca

Mal fadado destino
Que me fez cego num instante mais claro
Existiu a minha frente uma beleza, clara como a luz...
Como a luz que não tenho nos olhos
Clara a Branca me reluz.

Mal fadado destino,
E eu que esperava por esse momento
De conhecer e encontrar a beleza,
Dos olhos e do espirito
Puro instinto em ser linda
Numa realeza que não se finda.

César Vasco

Egoísmo

Na boca um gosto de nunca mais
Os olhares que atraem a paz
São os condutores das minhas ações
Sem paixões ou razões ou o que se faz.

Os olhos sem luz ante a lamparina da solidão
A boca calada deprimida e lesada
Os braços erguidos ao nada em busca de consolo
Um tolo e mais nada!

O romantismo excêntrico
O romantismo egoísta:
Natural romantismo.
Egoísmo fascista.

Corpo anulado e desnudado de verdades
Corpo hipócrita e alma fraca, chula...
Carne fraca de alma romântica
Corpo sem luz de alma nula.

César Vasco

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Exímio Sorrir

Segue o passo dado à alegria
Segue teu instinto e teu sorrir
Irei até ai, então, sorria!
Irei perceber se a mim mentir.

Segue o passo dos loucos
Percebeu que todo louco vive solto?
Segue sorrindo e cantando a alegria de viver
Segue os passos de quem é muito ou é pouco.

Segue em busca de uma alegria imaginária
Segue em busca da alegria viva e cigana
Mas segue sorrindo, não esqueça...
Segue firme e segue linda, Ana.

Segue, menina linda
Segue os passos do teu sorriso
Teu sorriso lindo de felicidade
Segue a felicidade mesmo sem sentido.

Segue pessoa!
Segue a consequência inevitável do teu sorriso
Segue amarela, azul, vermelha ou coral, Carol.
Segue, Pessôa... Segue teus instintos!

César Vasco